A SEDUTORA PRINCESA DOS BIJAGÓS
Quantas não foram as vezes que passei, passeei e deambulei (1963) por esta rua de terra batida, vermelha, como romãs frescas apetecidas. Tantas! Tantos passos vagarosos, quase saboreados, nesses cair de tardes irrepetíveis que deixavam o céu como a mais caprichosa paleta de laranjas, azuis, violeta e luz brilhante por entre nuvens. O pôr-do-Sol da Guiné é único. Hoje, estou mais saudosa do que os outros ontens; apetece-me agarrar nas lembranças, activar a memória e conseguir sentir o pó entrar pelos sapatos frescos e abertos quando piso a terra batida que me leva ao pontão de madeira, frente à ilha de S.João. E, aí, a brisa declaradamente fresca e macia envolve-me e sussurra-me: bem-vinda, Maria...
http://www.youtube.com/watch?v=XmtqF-YjS6g
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Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do Universo só pode ter-se efectuado conforme o plano de um Ser Todo-Poderoso e Omnisciente
(Isaac Newton)
Etiquetas: África Bolama Saudades Árvores e Rio
2 Comentários:
Maria Elvira, bonito texto.
Um dia também vou sentir saudades assim...
Não voltou à Guiné? Não quer voltar em breve?
Ana Claudia, em rigor: como é que eu posso voltar, se nunca cheguei a partir! Gratissima por passar por aqui. É óptimo.
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