QUERO SER TEU AMIGO!
Obama continua a conquistar por onde vai passando, o seu estado de graça não se pode dizer que esteja intocado mas, sem dúvida, capitaliza ainda muito do esplendor inicial. Ele espalha charme com o mesmo à vontade com que abre portas que se pensavam estar, pelo menos, muito emperradas. Antes da abertura da Cimeira das Américas que decorreu em Trinidad e Tobago, o Presidente Hugo Chávez cumprimentando o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, diz-lhe, olhos nos olhos, quero ser teu amigo, após anos de muita tensão entre Caracas e Washington. Bom, marcou pelo inesperado. A imprensa da Venezuela considerou este aperto de mão uma saudação histórica, outros venezuelanos não se empolgaram tanto e adiantaram que não acreditavam muito na euforia de Chávez, ele saberia usar o acontecimento para aumentar o seu populismo, disseram.
Seja qual for o evoluir desta aproximação a verdade é que a situação deixa transparecer que Obama é mais popular no resto do mundo do que nos EUA e lá em casa ele é até muito popular (gostam de tudo: da mulher, das filhas, do cão, da forma física, do sorriso e da notável capacidade de dialogar). Tem índices que pouquíssimos Presidentes alcançaram em menos de 90 dias de reinado. Na América existem, claro, os que estão contra o novo Presidente mas, por enquanto, não se lhe pode negar que tem dinamizado situações que necessitavam de diálogo porque a sistematização do recurso às bombas não deixava antever solução à vista. Obama é inteligente. Por exemplo, o passo muito importante de ser ele a inverter a estratégia de se aproximar ao Islão, o que pode colocar a Al-Qaeda fora de moda, embora ele próprio continue a dizer que esta é a principal ameaça ... só que não aos EUA mas, sim, à Europa! Ou seja, além de inverter a estratégia, passou a bola.
Por fim, disse à França e à Alemanha que a Turquia passou a ser assunto dele e é para integrar na comunidade internacional de primeira linha e com isto coloca de lado a Alemanha, sobretudo, também a França, a União Europeia que não se define. Só lhe falta agora resolver rapidamente o Irão antes dos israelitas terem que tomar a iniciativa em dentes para assegurarem a sobrevivência (o que seria muito mau) e poder regressar rapidamente aos problemas dos EUA, a tempo de empreender neste primeiro mandato a recuperação espectacular a que terá que ser obrigado; se conseguida, deixará a do próprio Clinton para trás e com mais motivação e idealismo que a dos tempos do próprio Reagan.
O problema de tudo isto é que tudo isto lhe está ao alcance mas, tudo isto, é muito...
Seja qual for o evoluir desta aproximação a verdade é que a situação deixa transparecer que Obama é mais popular no resto do mundo do que nos EUA e lá em casa ele é até muito popular (gostam de tudo: da mulher, das filhas, do cão, da forma física, do sorriso e da notável capacidade de dialogar). Tem índices que pouquíssimos Presidentes alcançaram em menos de 90 dias de reinado. Na América existem, claro, os que estão contra o novo Presidente mas, por enquanto, não se lhe pode negar que tem dinamizado situações que necessitavam de diálogo porque a sistematização do recurso às bombas não deixava antever solução à vista. Obama é inteligente. Por exemplo, o passo muito importante de ser ele a inverter a estratégia de se aproximar ao Islão, o que pode colocar a Al-Qaeda fora de moda, embora ele próprio continue a dizer que esta é a principal ameaça ... só que não aos EUA mas, sim, à Europa! Ou seja, além de inverter a estratégia, passou a bola.
Por fim, disse à França e à Alemanha que a Turquia passou a ser assunto dele e é para integrar na comunidade internacional de primeira linha e com isto coloca de lado a Alemanha, sobretudo, também a França, a União Europeia que não se define. Só lhe falta agora resolver rapidamente o Irão antes dos israelitas terem que tomar a iniciativa em dentes para assegurarem a sobrevivência (o que seria muito mau) e poder regressar rapidamente aos problemas dos EUA, a tempo de empreender neste primeiro mandato a recuperação espectacular a que terá que ser obrigado; se conseguida, deixará a do próprio Clinton para trás e com mais motivação e idealismo que a dos tempos do próprio Reagan.
O problema de tudo isto é que tudo isto lhe está ao alcance mas, tudo isto, é muito...
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Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade
(John Kennedy)
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