Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

sábado, 11 de setembro de 2010

QUE SAUDADES VASCO DE LIMA COUTO

Conheço muito bem a biografia de Vasco de Lima Couto, poeta, actor, encenador, declamador, radialista (nascido no Porto) mas não é bem isso que me apetece lembrar deste notável poeta que vá lá saber-se porquê, entender o motivo, é tão esquecido. A todos os níveis. Imperdoável. Envergonho-me quando verifico como realmente sabemos amar tão mal os nossos notáveis que (como herança) nos deixaram magia de emoções que pelo valor ganharam asas e tiveram a capacidade de voar pelos espaços das estrelas. Não, verdadeiramente o que me apetece recordar (sem memórias esbatidas) é o Vasco, o meu amigo Vasco, visita assídua de minha casa (em Luanda), amigo da minha família, onde ele era ele: um senhor, um poeta, um artista livre, um sonhador, um conversador fascinante, um apreciador exigente, diga-se, de refeições caprichadas. Gostava dos petiscos da cozinha angolana. Gostava da imensidão de Angola e admirava-lhe a beleza com a tranquilidade dos seus olhos cor de mar em silêncios que antecediam inspiração. O Vasco era um poeta enorme. Era um homem de uma bondade tocante. Era um homem lindo. Era inquieto, por vezes, e, rabiscava, desenhava em todos os pedaços de papel que apanhava e escrevia, escrevia com a grandeza inspiradora que acorda com o Sol. Como sinto saudades do seu humor, da sua comunicabilidade, da sua capacidade de rir, da sua tocante simplicidade. Que saudades sinto dos serões de música, poesia e diálogo frente à baía de Luanda. Na memória do tempo, senti saudades do Vasco.



Ver contigo um jardim é plantar mil flores dentro de mim
(Vasco de Lima Couto)


3 Comentários:

Anonymous Carlos Moraes disse...

Maria Elvira,como previa o seu testemunho sobre (o grande) Vasco de Lima Couto, comoveu-me. Obrigado por se ter lambrado do Vasco.
Carlos Moraes

17 de setembro de 2010 às 12:03  
Blogger MEB disse...

Carlos Moraes, que bom saber que passou por aqui e que gostou. Eu, você, muitas centenas de portugueses recordam Vasco de Lima Couto. O que me faz confusão é como quem de direito não tem -pela memória do poeta- iniciativas que o relembrassem ou dessem a conhecer aos mais jovens. Volte sempre

17 de setembro de 2010 às 20:05  
Anonymous Anónimo disse...

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23 de maio de 2011 às 14:52  

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