Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

terça-feira, 29 de julho de 2008

A AMEAÇA DA SOPA PLÁSTICA


Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. Estas são as propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam num dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fracção vem de terra firme


No Oceano Pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão. Vai da costa da Califórnia, atravessa o Havai, chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos. Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas, bonecas, patos de borracha, ténis, isqueiros, sacolas plásticas, malas e todo o que fôr possível ser feito com plástico. Segundo os seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica, tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.


O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos, compara-a a uma entidade viva, um grande animal que se movimenta livremente pelo Pacifico. E, quando passa perto do continente, as praias ficam cobertas de lixo. A bolha plástica actualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90, disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico à sua frente.


-Como foi possível fazermos isto? Naveguei mais de uma semana sobre todo esse lixo!


Pesquisadores alertam para o facto de que toda a peça plástica que foi manufacturada, desde que este material foi descoberto e que não foi reciclada, ainda está em qualquer lugar. E, ainda, há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do Oceano Pacifico pode-se encontrar uma concentração de polímeros seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha. Segundo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nessa área, como tartarugas marinhas, tubarões e centenas de espécies de peixes.


Essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja que concentra todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade: o que fazemos à Terra retorna a nós, seres humanos (fontes: The Independent, Greenpeace, Mindfully e um e-mail amigo).



Se o Oceano Pacífico lhe parecer demasiado remoto e abstracto, situe o fenómeno no Atlântico, no Mediterrâneo, no Tejo, no Douro, no Côa, no Cávado. É que talvez não esteja muito longe de nós a ameaça, se as coisas continuarem assim. Antes de pegar num saco de plástico, pense. Antes de reciclar plástico, pense. Antes de comprar plástico, pense. Pense na sua saúde, na saúde do Planeta que vai deixar aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos. Cuide da sua Casa Mundial. Espalhe a mensagem. Eu, estou a tentar fazê-lo!



Se tu amas uma flor que se acha uma estrela, é bom, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estarão floridas

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