O "FURACÃO" PALIN
Foto: site da governadora
Curiosamente, nenhum Centro vocacionado para estudar a ameaça de furacões aos EUA foi capaz de visionar nos sofisticadíssimos ecrãs o nascimento de uma tempestade nascida nos gelos do Alasca que chegaria às costas quentes da América com ventos fortes e, por vezes, ameaçadores! O fenómeno acabou por ser baptizado por Palin.
Pois é, não foi mas podia ser sido descrito assim o aparecimento mundial de Sarah Palin, descoberta num magistral golpe de asa de McCain, o candidato republicano às presidenciais americanas, que ocorrerão a 4 de Novembro, disputadas ao lado de Barack Obama, o candidato democrata. A escolha do velho guerreiro para seu vice teve mesmo o efeito de furação e abanou todos, inclusive Obama e todo o seu staff, diria, brilhante staff. Em Denver, Obama e McCain estavam nivelados nas sondagens, mas após essa Convenção o líder dos democratas subiu 6% na tabela das preferências. Depois do primeiro aparecimento de Palin a escala balançou mas não caiu e só quando a bonita e elegante governadora do Alasca, numa entrevista disse ser possível a declaração de guerra dos EUA à Rússia, se esta insistisse na invasão da Geórgia, é que o seu estado de graça começou a quebrar-se e se reflectiu de imediato nas sondagens. Obama volta a liderar e os indecisos ficam mais indecisos e os convencidos ficam menos convencidos.
Depois dos oito anos bélicos de Bush o que não interessa nem ao mundo nem à América é que qualquer ameaça de uma nova guerra seja pensada e muito menos executada. Claro que à Rússia também não interessa aumentar tensões com a América, mas as declarações de Sarah Palin, fruto de inexperiência, sim, revelaram insensatez e falta de conhecimentos da política externa. E se a isso se acrescentar a frase por ela proferida em que diz estar pronta para se tornar presidente dos Estados Unidos, se necessário, em entrevista à rede de televisão americana ABC, não sei como McCain (72 anos) se terá sentido ao ver-se já no papel de falecido ou desistente.
Estas eleições tem sido na realidade, energizantes. De um entusiasmo e um mistério permanentes. Desde o primeiro dia da disputa acesa entre Obama e Hillary Clinton. A ex-primeira dama perdeu a favor do seu companheiro de partido e este, em minha opinião, não conseguiu ou não o deixaram? Não o aconselharam a não abrir mão de Hillary? Foi uma oportunidade, única, perdida que lhe poderá custar uma derrota ao não incluir, pelo menos na lista dos vice, o nome de Clinton. O eleitorado que lhe é fiel (18 milhões de votos) como reagirá frente a Sarah (defende o ensino do criacionismo nas escolas, é contra o aborto e a favor das armas para todos)? Votará em McCain? É preciso que os eleitores consigam votar em Novembro nas eleições entre Obama e McCain e não entre Hillary (na recordação e no coração) e Palin. Já não falta muito tempo para a decisão final deste longo e entusiasmante combate político que tem abanado, confundido e entusiasmado os americanos.
Eleições, na América, querem dizer: espectáculo! Espectáculo mas em grande, estilo Hollywood e, Palin, tem perfil de estrela, por isso vai a Meca do Cinema, com o candidato republicano, no próximo Outubro (realizadores e produtores estão fascinados com a sua história pessoal: ex Miss Alasca, governadora, mãe de cinco filhos, um a combater no Iraque (missão divina na opinião da vice) e outro de cinco meses. Barack, não se pode negar, foi uma surpresa total e já mostrou que além de um orador carismático, é telegénico, sabe enfrentar plateias, tem igualmente um percurso de vida invulgar e fascinante e tem demonstrado como cresceu politicamente desde que proferiu o seu primeiro discurso nas primárias, mas será que os americanos estarão preparados para o ver o casal Obama na Casa Branca? E Joe Biden, vice dos democratas? Tem prestígio e credibilidade. E McCain? Também. Experiente, herói, e, politicamente, matreiro.
Pois é, não foi mas podia ser sido descrito assim o aparecimento mundial de Sarah Palin, descoberta num magistral golpe de asa de McCain, o candidato republicano às presidenciais americanas, que ocorrerão a 4 de Novembro, disputadas ao lado de Barack Obama, o candidato democrata. A escolha do velho guerreiro para seu vice teve mesmo o efeito de furação e abanou todos, inclusive Obama e todo o seu staff, diria, brilhante staff. Em Denver, Obama e McCain estavam nivelados nas sondagens, mas após essa Convenção o líder dos democratas subiu 6% na tabela das preferências. Depois do primeiro aparecimento de Palin a escala balançou mas não caiu e só quando a bonita e elegante governadora do Alasca, numa entrevista disse ser possível a declaração de guerra dos EUA à Rússia, se esta insistisse na invasão da Geórgia, é que o seu estado de graça começou a quebrar-se e se reflectiu de imediato nas sondagens. Obama volta a liderar e os indecisos ficam mais indecisos e os convencidos ficam menos convencidos.
Depois dos oito anos bélicos de Bush o que não interessa nem ao mundo nem à América é que qualquer ameaça de uma nova guerra seja pensada e muito menos executada. Claro que à Rússia também não interessa aumentar tensões com a América, mas as declarações de Sarah Palin, fruto de inexperiência, sim, revelaram insensatez e falta de conhecimentos da política externa. E se a isso se acrescentar a frase por ela proferida em que diz estar pronta para se tornar presidente dos Estados Unidos, se necessário, em entrevista à rede de televisão americana ABC, não sei como McCain (72 anos) se terá sentido ao ver-se já no papel de falecido ou desistente.
Estas eleições tem sido na realidade, energizantes. De um entusiasmo e um mistério permanentes. Desde o primeiro dia da disputa acesa entre Obama e Hillary Clinton. A ex-primeira dama perdeu a favor do seu companheiro de partido e este, em minha opinião, não conseguiu ou não o deixaram? Não o aconselharam a não abrir mão de Hillary? Foi uma oportunidade, única, perdida que lhe poderá custar uma derrota ao não incluir, pelo menos na lista dos vice, o nome de Clinton. O eleitorado que lhe é fiel (18 milhões de votos) como reagirá frente a Sarah (defende o ensino do criacionismo nas escolas, é contra o aborto e a favor das armas para todos)? Votará em McCain? É preciso que os eleitores consigam votar em Novembro nas eleições entre Obama e McCain e não entre Hillary (na recordação e no coração) e Palin. Já não falta muito tempo para a decisão final deste longo e entusiasmante combate político que tem abanado, confundido e entusiasmado os americanos.
Eleições, na América, querem dizer: espectáculo! Espectáculo mas em grande, estilo Hollywood e, Palin, tem perfil de estrela, por isso vai a Meca do Cinema, com o candidato republicano, no próximo Outubro (realizadores e produtores estão fascinados com a sua história pessoal: ex Miss Alasca, governadora, mãe de cinco filhos, um a combater no Iraque (missão divina na opinião da vice) e outro de cinco meses. Barack, não se pode negar, foi uma surpresa total e já mostrou que além de um orador carismático, é telegénico, sabe enfrentar plateias, tem igualmente um percurso de vida invulgar e fascinante e tem demonstrado como cresceu politicamente desde que proferiu o seu primeiro discurso nas primárias, mas será que os americanos estarão preparados para o ver o casal Obama na Casa Branca? E Joe Biden, vice dos democratas? Tem prestígio e credibilidade. E McCain? Também. Experiente, herói, e, politicamente, matreiro.
A política é quase tão excitante quanto a guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você é morto uma vez mas em política, várias vezes
(Winston Churchill)
(Winston Churchill)
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