Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

FALTAM QUATRO DIAS PARA SER ELEITO O 44º PRESIDENTE DA AMÉRICA


Foto: Sapo (Pintura de John Trumbull )

É um facto curioso, para os portugueses, a escolha feita para assinalar um momento tão marcante na História dos EUA: os 56 homens que assinaram a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, na cidade de Filadélfia, no dia 4 de Julho de 1776, beberam Vinho da Madeira para celebrar esse acontecimento. Apesar do calor abrasador que se fazia sentir os fundadores da América não escolheram nem cerveja, nem champanhe para celebrar o nascimento da América do Norte! Ergueram o cálice de Madeira e eternizaram a cerimónia. John Hancock (sentado), à sua frente John Adams (à esquerda. Viria a ser o segundo presidente da América. Pertencia ao Partido Federalista), Roger Sherman, Robert Livingston,Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.


Sabe-se que George Washington (o primeiro presidente americano. Não tinha Partido), Thomas Jefferson (terceiro presidente. Foi o primeiro eleito do Partido Democrata) e muitos outros mantiveram o hábito de assinalar grandes momentos, quer políticos, quer sociais, com o saboroso Madeira. Creio que Bill Clinton também aderiu ao social hábito. Falar em Presidentes da América a 31 de Outubro, a 96 horas de ser eleito o vencedor das actuais e renhidas eleições presidenciais americanas, é tentar não falar desse acto cívico de 130 milhões de eleitores que podem mudar a América e o Mundo. É um tema interessantíssimo e, na recta final, tudo está como no início das primárias! Ao rubro. Tudo pode acontecer (tudo mesmo).


Se há oito anos, na Florida, não tivesse havido na contagem dos votos -não se sabe bem o quê- Al Gore estaria agora na Casa Branca à espera do seu sucessor e não como (brilhante) apoiante de Barack Obama. Bush, por 537 votos, foi o eleito. Não escondo que me apetecia escrever sobre o tema mas aguardo pela madrugada do dia 4. Tudo o que se possa dizer é futurologia dado que muitas interrogações pairam no ar e só na hora de entregar o voto é que a decisão será final. Irão os eleitores votar com o mesmo entusiasmo com que decorreu a campanha? Como reagirão os apoiantes de Hillary? Os Latinos? Como se portará a Florida e os restantes Estados-chave? Haverá racismo frente às urnas? Que coelhos na manga poderá guardar McCain ?


Tentando passar essas 96 horas que nos separam da grande decisão recordemos alguns factos que, na opinião de especialistas, marcaram pela negativa os mandatos de Lyndon Johnson (36º presidente. Democrata), responsável pela entrada da América no Vietname. Perto de 60 mil soldados morreram. Richard Nixon (37º presidente. Republicano). Descoberto por dois jornalistas o escândalo Watergate, teve de renunciar. John Kennedy (35º presidente. Democrata). Em 61, a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, foi considerado um fracasso. Ronald Reagan (40º presidente. Republicano). A venda de armas clandestinas ao Irão para financiar a guerrilha anti-sandinista na Nicarágua. Ele não sabia, mas não deixa de ser responsável. Bill Clinton (42º presidente. Democrata). O caso Monica Lewinsky (alguns dizem que foi uma armadilha) derrotou-o moralmente, mas não o venceu. Continua a ser brilhante e a sua prestação, tal como a de sua mulher Hillary, à campanha de Obama tem sido notável.
*
Muito melhor é ousar grande feitos, ganhar gloriosos triunfos, mesmo salpicados de falhas, do que se alinhar com aqueles pobres espíritos que nem se alegram muito nem sofrem muito, porque eles vivem no crepúsculo cinzento que não conhece vitória ou derrota
(Theodore Roosevelt)


2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Discordo frontalmente daqueles que consideram que o mandato de Jonh Kennedy se distinguiu pela negativa. Foi, na minha opinião, um dos grandes presidentes norte-americanos. Ronald Reagan tem em seu favor a sua comparticipação, juntamente com João Paulo II, do derrube do comunismo na União Soviética e no Leste da Europa. Alguém se recorda ainda do célebre programa chamado "A Guerra das Estrelas". Foi ele que fez abalar os alicerces do comunismo soviético. Bill Clinton, Mónica à parte, foi um grande presidente, também ele.Quanto ao próximo a ver vamos. Espero que seja bom. O mundo só tem a lucrar com isso.

1 de novembro de 2008 às 20:38  
Blogger MEB disse...

Talvez, sem querer, tenha induzido em erro ao dizer: marcaram pela negativa. Mas, não me referia aos mandatos mas sim a alguns factos que, concretizados no decorrer desses mandatos, os fragilizaram. Não podia estar mais de acordo. Kennedy foi brilhante (o calcanhar de Aquiles foi Cuba!). Reagan foi um grande presidente e, Clinton, que deixou a América numa sólia situação financeira, fez um trabalho inteligentissimo, quer a nível interno como externo. Vamos esperar pelo dia 4. O resultado é, mais do que nunca, importantíssimo. Não estamos numa época que aguente mais erros...

1 de novembro de 2008 às 22:06  

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