Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ENGº SÓCRATES, CUIDE-SE! A CATARINA ESTÁ MUITO DESENCANTADA...


A menina da imagem não é a Catarina. Vi esta foto na Net que associa o Magalhães ao pai, ou seja: ao Engº Sócrates e tomei a liberdade de a usar. Peço, desde já, desculpa se o não deveria fazer, mas estou com um dilema e tenho de o resolver. Tudo começou quando, há tempos, o nosso Primeiro-Ministro abriu a porta mágica do Magalhães e, a partir daí, os garotos entraram em turbilhão. Foi um desassossego e uma alegria. Do anúncio ao seu aparecimento demorou tempo, séculos, para a excitação dos petizes. Pois a Catarina que tem sete anos pertence a esse grupo de jovens lampadinhas que, na era da informática, já dominam técnicas que muitos adultos nem com boa vontade chegam lá.


Tudo parecia correr normalmente na Escola B1 (creio) da Lagoa (Mafra). Esperava-se a chegada do azulinho e, um dia. chegou mesmo. A Drª Ana, a custo, conseguiu dominar o alvoroço quando apoteoticamente os Magalhães começaram a ser distribuídos. Quase que se ouvia o bater descompassado daqueles jovens fascinados com os seus Magalhãezinhos. Até aqui tudo bem. Só que no meio desta emoção, cinco ao seis alunos não receberam. Entre eles, a Catarina!

E, a partir daí, começou o drama. A mãe falou com a Catarina (uma força da Natureza) e lá a foi convencendo que o computador não demoraria. A pequena concordou e foi preparando o caminho para a chegada do seu Magalhães: pediu à progenitora uma capa para o proteger e a mãe, a braços com o inesperado desemprego de há dias, lá foi comprar a tal capa. Não contente com isso a Catarina pediu o quarto como o da Lara (que tem já o Magalhães) e a Isabel, mãe solteira, desempregada e sem o Magalhães, lá fez a vontade à filha. Esta decidiu tirar as prateleiras de bonecos e o seu quartinho ficou com um ar mais adulto, com espaço (claro) para o Magalhães.


Os dias continuaram a passar e a Catarina não consegue entender o motivo da ausência do Magalhães nas suas mãos. E, ontem, saiu-se com esta quando a mãe lhe lia um documento comprovativo do pagamento do azulinho...Eu percebo, não vês, mãe. Eu percebo que está pago, mas eu não o tenho! E eu que me tenho portado bem, como os legumes, a sopa, deito-me cedo. Sabes, é muito injusto. Muito. Eu devia ter o Magalhães no meu quarto. Já há muito tempo. Estou mesmo furiosa.

E está mesmo, Engº Sócrates. Se a Catarina morasse em Lisboa era menina para ir ter consigo a São Bento e perguntar-lhe de caras: então, o meu Magalhães?

*

Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...
(Saint-Exupéry)

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