NO TEMPO DO ADEUS
Faltam apenas alguns dias (8) para que o Presidente-eleito seja oficialmente o Presidente da América. Ou seja, depois de Barack Obama fazer o seu Juramento, sobre a Bíblia que Abraham Lincoln utilizou em 1861, entrará oficialmente na Casa Branca. A actual Administração recusou-lhe o ingresso no pavilhão dos convidados, Blair Hause, argumentando que este estava reservada até ao dia 15, obrigando, assim, a família Obama a viver num hotel muito próximo (Hay Adams) da futura residência oficial, na qual deverá permanecer nos próximos oito anos.
Não sei se a atitude da actual Administração incomodou Obama, acho que (infelizmente) ele tem coisas bem mais importantes com que se preocupar: uma herança dramática que vai receber de W. Bush (o auxílio do Homem Aranha é uma boa ideia ...), a inesperada crise financeira nascida em os E.U. A, o eterno conflito Israel / Palestina, as alterações climáticas, a estrutura social da América, já para não mencionar Guantánamo, Iraque, Afeganistão, as exigências russas, as constantes ameaças entre o Paquistão e a Índia. Após a euforia da tomada de posse a 20, a partir de 21, comerçar-lhe-ão a ser-lhe exigidos resultados e, de preferência, positivos. Apesar do inegável estado de graça que o envolve a esperança que Obama soube prodigiosamente fazer renascer em cada americano não durará sempre e a Oposição não lhe desculpará deslizes.
Deus abençoe a América! Uma exclamação muito utilizada no país do Tio Sam, será dita, pensada e desejada agora mais do que nunca. É que Barack ganhou o cargo mais alto da América, através de um feliz conjunto de circunstâncias que os eleitores foram descobrindo de comício em comício no ex-senador de Illinois. A esperança foi uma poderosa força motriz que espalhou, galvanizando multidões. No momento da despedida o Presidente o mais controverso dos últimos anos, W. Bush, advertiu Obama que grandes desafios o aguardam e que não se esquecesse que que o inimigo da América ainda anda à solta e que podem mesmo surgir novos ataques.
Concordo que pode ser verdade -nenhum país está livre de terríveis surpresas do terrorismo- todavia, confesso, não gostei de ouvir na sua última conferência com os jornalistas, num momento em que o país está esperançoso e decidido a reencontrar-se e a resolver os problemas mais preocupantes, trazer para a ribalta o sofrido 11 de Setembro. Foi uma espécie de soco. Sem técnica.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial