SALVO -DUAS VEZES- PELA GRATIDÃO
O e-mail conquista, segundo a segundo, uma funcionalidade e presença estonteantes. Uma só mensagem -via Net- abraça o mundo! Chega onde nunca estivemos e é lida por amigos ou desconhecidos que nunca conheceremos. Há pouco, recebi um mail que recorda o 11 de Setembro de 2001, retirado de uma palestra do Rabino Issocher Frand. O tema é doloroso custa reviver é verdade mas, conhecer histórias humanas que envolveram aquele dia negro, é compreender um pouco mais o que à partida é incompreensível.
No mês de Agosto de 2001, Moshê, um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel em negócios. Na quinta-feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido numa pizzaria, na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, no centro de Jerusalém. O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas, não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelita perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila à sua frente.
Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez o seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direcção à sua próxima reunião. Menos de dois minutos após ter saído, ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de se detonar na pizzaria Sbarro`s. Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara ao atentado! Imediatamente lembrou-se do homem israelita que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto. Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se ele necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para assim aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, entre elas seis crianças. Cerca de outras noventa ficaram feridas, algumas em condições críticas. As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. As pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensanguentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebé coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava a ser desmontado pelo Exército. Moshê procurou seu salvador entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu.
Porém, estava decidido por todas as formas saber o que acontecera com o israelita que lhe salvara a vida. Precisava saber o que acontecera: se necessitava de ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe pela sua vida. O senso de gratidão fez com que se esquecesse da importante reunião que o aguardava. Começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente, encontrou-o num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho que já estava a acompanhar o pai e contou o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso. Que estava extremamente grato e que lhe devia a vida.
Depois de alguns momentos, Moshê despediu-se do rapaz e deixou-lhe o seu cartão e caso o seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em contactá-lo. Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema no seu escritório, em Nova Iorque, do jovem contando que o seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia ficava em Boston. Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.
Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar o seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque. Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito: afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida, apenas me ofereceu um lugar na fila. Mas, Moshê, nunca pensou dessa forma. Ele sentia-se profundamente grato, mesmo um mês após o atentado e sabia como retribuir um favor. Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar o seu amigo e não foi trabalhar. Assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia 11 de Setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório, no 101º andar do World Trade Center Twin Towers...
No mês de Agosto de 2001, Moshê, um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel em negócios. Na quinta-feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido numa pizzaria, na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, no centro de Jerusalém. O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas, não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelita perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila à sua frente.
Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez o seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direcção à sua próxima reunião. Menos de dois minutos após ter saído, ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de se detonar na pizzaria Sbarro`s. Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara ao atentado! Imediatamente lembrou-se do homem israelita que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto. Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se ele necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para assim aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, entre elas seis crianças. Cerca de outras noventa ficaram feridas, algumas em condições críticas. As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. As pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensanguentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebé coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava a ser desmontado pelo Exército. Moshê procurou seu salvador entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu.
Porém, estava decidido por todas as formas saber o que acontecera com o israelita que lhe salvara a vida. Precisava saber o que acontecera: se necessitava de ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe pela sua vida. O senso de gratidão fez com que se esquecesse da importante reunião que o aguardava. Começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente, encontrou-o num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho que já estava a acompanhar o pai e contou o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso. Que estava extremamente grato e que lhe devia a vida.
Depois de alguns momentos, Moshê despediu-se do rapaz e deixou-lhe o seu cartão e caso o seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em contactá-lo. Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema no seu escritório, em Nova Iorque, do jovem contando que o seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia ficava em Boston. Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.
Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar o seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque. Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito: afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida, apenas me ofereceu um lugar na fila. Mas, Moshê, nunca pensou dessa forma. Ele sentia-se profundamente grato, mesmo um mês após o atentado e sabia como retribuir um favor. Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar o seu amigo e não foi trabalhar. Assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia 11 de Setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório, no 101º andar do World Trade Center Twin Towers...
Aqueles que nos magoaram fizeram apenas o que sabiam fazer, em função das condições das suas vidas. Se você não perdoar, permitirá que essas mágoas antigas continuem a dominá-lo
(Wayne W. Dyer)
(Wayne W. Dyer)
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