ENCONTROS IMPERDÍVEIS
Não o tenho em minha casa (21:30, na SIC Radical) há muito tempo, confesso. Apenas há pouco mais de um mês! Bastou-me alargar o meu leque de opções televisivas e, a partir daí, eu e o Jon Stewart, através do The Daily Show (10 Emmy’s, entre outros prémios. Com contrato até 2010) partilhamos (...) momentos de verdadeiro encanto. Adoro este homem. Já o conhecia, claro, mas de vê-lo em casa de amigos quando tinha sorte de apanhar o canal no horário certo. Agora, é tudo mais íntimo, isto é: mais sossegado. Dá para rir abertamente. Dá para tentar apanhar o alvo que ele está a atingir com aquele olhar malandro e um sorriso mais doce que algodão colorido.
Jon não é jornalista mas é visto, admirado e respeitado por muitos como tal, graças a um trabalho notável que desenvolve desde 1999, quando começou a apresentar este mítico show que é uma deliciosa mistura de humor, inteligência, quando foca temas actuais, notícias do dia, panorama político, não se faz rogado e, com maestria, comenta, elogia, ridiculariza com tal sabedoria que provoca o riso e alerta para personalidades ou situações que merecem destaque, tudo subtilmente irresistível e imperdível. Além disso, tem convidados super interessante e o seu Momento Zen é a cereja em cima do bolo.
De cabelos grisalhos, covinhas marotas, uma gargalhada sempre contida este comediante satírico, actor, escritor e produtor (foi o inspirado e elegante anfitrião dos Óscares de 2006 e 2008), agarra e não larga mais. O seu objectivo, diz, é fazer rir a plateia. Eu diria, fazer pensar o público. Abaná-lo, à sua maneira. Mas, Jon, não é só riso solto. Ainda hoje é lembrada a sua mensagem no primeiro programa após o 11 de Setembro. O programa começou sem genérico (antes desta data tinha imagens das Torres e de Nova Iorque). Os primeiros nove minutos consistiram num Jon Stewart, em lágrimas, a discutir a visão pessoal do acontecimento. O seu discurso acabou assim:
-…A vista do meu apartamento era o World Trade Center e agora desapareceu! Atacaram-no. Este símbolo da inovação, força, trabalho, imaginação, prosperidade, desapareceu. Mas sabem o que se vê agora? A Estatua da Liberdade. A vista do sul de Manhattan –agora- é a Estátua da Liberdade! Não podem bater isso.
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