APETECE-ME CHORAR POR SALGUEIRO MAIA
Para aqueles que ousaram ousar ousadamente, ousando com audácia, com extrema coragem tornando-se heróis (tombando anos depois da senda da vida mas viram, como prometeram anos atrás, o seu País livre). Lembrando Salgueiro Maia presto-lhe a minha mais profunda homenagem e admiração e recordo todos os envolvidos na Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, dizendo-lhes obrigada). Para os que ousaram ousar ousadamente e, em unidade, libertaram as grilhetas de um passado amordaçante, enfrentando medos e esperanças na operação da mudança e da transição que, no Largo do Carmo, conduziria à vitória final.
Para os que ousaram ousar ousadamente nas prolongadas esperas, nas horas vibrantes das tensas decisões, perigosas, com riscos calculados e surpresas inesperadas onde o respeito e a lealdade serviram de escudo poderoso a todos os excessos que uma multidão nas ruas, em apoteose, podia fazer perigar. O respeito pelos vencidos, na hora da glória, foi, a par de uma vitória empolgante, uma extraordinária lição de grandiosidade humana. O 25 de Abril, de há 35 anos, terminou um poder instalado e abriu as portas à Democracia.
Para que isso acontecesse foram necessárias muitas horas de estratégia, de muitos intervenientes, de muitos receios e de muita tenacidade. Quando Salgueiro Maia, com uma granada no bolso, enfrenta o tanque, escreveu uma das mais emocionantes e sábias páginas da vida portuguesa, abrindo horizontes ao futuro e às novas gerações. Os Capitães de Abril tiveram a coragem de fazer, na altura, mais do que se pensava ser possível fazer. Quebraram barreiras, opressões, medos, poderes, e a alegria de libertar a Liberdade foi tanta que, com os cravos vermelhos, quase tocaram as estrelas.
http://www.youtube.com/watch?v=k07iowv1Fqw
A Revolução acordou um povo que dormia nos limites do medo e do fascismo
(Bruno Coelho)
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