QUANDO O ANJO SE TORNA HOMEM ...
Penso que o meu Anjo da Guarda, por vezes, partilha o meu espaço terreno. Por vezes, adquire forma humana e cruza os meus Oceanos de Luz onde flutuo em sucessivos ciclos de aprendizagem nos meus secretos monólogos onde lhe abro o coração e lhe falo dos meus sonhos; do esplendor da minha esperança; da vibração do espaço da fantasia -o sal da solidão- eterna, porque livre. E ele escuta. E está. Quando desequilibro e caio, quando tento e não consigo, quando exagero, desfaleço, e ele levanta-me, desperta-me, dá-me a mão, ampara-me as costas, ergue-me o queixo, sopra de mansinho nos olhos, segreda-me que a vida está na linha da frente e se os outros me valorizam ou não nunca me deve limitar e, lembra-me, que os amanhãs são sempre renovados.
Desconfio que ele, por vezes, talvez curioso com a trepidação fervilhante do mundo actual, desce à Terra e preenche o espaço do meu campo de movimentação e espia-me in loco. Seguramente que muitas vezes, apesar da prática, vai levantar os olhos ao Céu e murmurar: Senhor, perdoa-Lhe, ela é assim! Sorrirá com os meus desvarios e cerrará os lábios quando o perigo for ameaçador e lhe exigirá um esforço não humano para me salvar. Sempre que puder, dar-me- à nas orelhas, ralhar-me-à e eu prometerei este e o outro mundo de arrependimento mas, depressa, voltarei a errar. Mas ele, é o meu Anjo! Não se revolta, a sua missão é salvar-me. Comove-se com a minha fragilidade e aprecia a forma como não desisto de lutar, apesar de cair, levantar-me e recomeçar. Gosto quando ele se torna homem e eu sem saber que esse homem é ele, o olho embevecida, banhada de luz, com o Sol no coração, sorrindo à vida, movida por uma força e um entusiasmo inspirados e invulgares.
Desconfio que ele, por vezes, talvez curioso com a trepidação fervilhante do mundo actual, desce à Terra e preenche o espaço do meu campo de movimentação e espia-me in loco. Seguramente que muitas vezes, apesar da prática, vai levantar os olhos ao Céu e murmurar: Senhor, perdoa-Lhe, ela é assim! Sorrirá com os meus desvarios e cerrará os lábios quando o perigo for ameaçador e lhe exigirá um esforço não humano para me salvar. Sempre que puder, dar-me- à nas orelhas, ralhar-me-à e eu prometerei este e o outro mundo de arrependimento mas, depressa, voltarei a errar. Mas ele, é o meu Anjo! Não se revolta, a sua missão é salvar-me. Comove-se com a minha fragilidade e aprecia a forma como não desisto de lutar, apesar de cair, levantar-me e recomeçar. Gosto quando ele se torna homem e eu sem saber que esse homem é ele, o olho embevecida, banhada de luz, com o Sol no coração, sorrindo à vida, movida por uma força e um entusiasmo inspirados e invulgares.
Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.
(Antoine de Saint-Exupéry)
(Antoine de Saint-Exupéry)
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