Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

SERÁ QUE AS FORÇAS DA SALA OVAL AMEAÇAM OBAMA?


Ontem, esteve um dia de molhar mortais e tudo o que mexe cá por baixo. O céu, provavelmente deprimido, por qualquer coisa que nos ultrapassa, chorou como Maria Madalena e tudo andou num virote neste rectângulo precioso que é o pedaço mais antigo da Europa: Portugal (quase mil anos). Como disse Fernando Dacosta, numa excelente (e-x-c-e-l-e-n-t-e) entrevista dada à Antena Um (o7.09.2009), no programa de Jorge Afonso (00:9) os portugueses são filhos de deuses que, na época, habitaram o território. Foi, sem dúvida, uma maneira deliciosa de terminar um dia danado em que fiquei molhada até aos ossos e, muito, mas mesmo muito, irascível.


Quando eu e a chuva travávamos um combate desigual passei, voando, por um papelaria onde, em diagonal, li na numa capa de revista uma chamada que era mais ou menos assim ...Gosto de Michelle mas ela anda sempre zangada e amarga... A foto era de Obama, visivelmente apreensivo. Não parei, não comprei a revista e, portanto, não li. Não faço a mínima ideia se a frase foi tirada de um todo e não expressa o tónus da entrevista ou artigo. Todavia, como estava azeda com o tempo, lembrei-me das entrevistas que vi (bastantes) ainda nas primárias e já depois da nomeação de Obama e recordo-me de ter reparado que a reputada advogada americana, elegante, inteligentíssima (dizem), frequentemente colocar o marido numa posição dúbia, contradizia-o e não só. Sim, achei-a arisca mas habituei-me a vê-los tão juntos, tão cúmplices, tão entrosados, que pensei que deveriam ser muito felizes.


Só que dado ao meu impróprio estado de espírito, a chamada de capa lida a correr, enquanto acabava de me encharcar, levou-me a pensar: será que as forças dominantes e desconhecidas que dizem habitar a Sala Oval, na Casa Branca, estão a começar a movimentar-se em torno do homem mais poderoso e solitário do Mundo?



A mais feliz das vidas é uma solidão atarefada
(Voltaire)

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