O NOBEL DA PAZ PARA BARACK OBAMA, O PRESIDENTE DA ESPERANÇA
Neste momento meio mundo ainda não recuperou da surpresa depois de Barack Obama, o Presidente da América, há nove meses na Casa Branca, ter sido distinguido com o Prémio Nobel da Paz (este ano a lista tinha 205 nomes).
...Obama renovou a esperança de um futuro melhor, disse o Comité do Nobel que acrescentou: o mundo mudou, e mudou para melhor... os seus esforços extraordinários para reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos, na sua divulgação para o mundo muçulmano e os esforços para acabar com a proliferação nuclear... foram realidades determinantes para a atribuição da distinção.
Há os contra e os a favor; uns, defendem que Obama ainda não fez nada; outros, apesar da surpresa (até o laureado assim ficou: com admiração e humildade...o mundo enfrenta desafios que não podem ser resolvidos por uma única pessoa ou por um país sozinho...) reconhecem que desde que o ex-Senador, nas renhidas primárias presidenciais americanas, arrancou (com elegância e saber) a vitória a Hillary, nada do que tradicionalmente era dado como normal aconteceria. Ele acabaria por ser o primeiro afro-americano a chegar à Casa Branca.
Obama começou por conquistar a admiração do mundo pela veemente capacidade de empolgar e dar esperança ao seu povo num futuro melhor (sim, nós podemos), pela forma eloquente de comunicar nuns discursos que deixaram marcas e, alguns, considerados verdadeiras pérolas políticas. Um mundo sem armas foi, desde o início, uma meta que se propôs alcançar. Há quem o elogie na forma como desanuviou a tensão com a Rússia ao impedir que fosse montado o escudo anti-míssil que protegeria a Europa, mas há também que aponte que, ao fazê-lo, deixou esse Continente vulnerável aos avanços do Irão, da Coreia do Norte. O caso do Afeganistão está complicado e o seu desejo de dialogar com os talibãs tem duas leituras: para uns, é péssimo. Para outros, é necessário.
Obama, sem dúvida, conseguiu (em nove meses) uma nova atmosfera. Desanuviou o clima internacional (o mundo está perigoso). Estendeu a mão a Rússia, a Cuba; colaborou com a ONU, reconciliou a América com o Mundo. Está a desmantelar Guantanamo, vai retirar do Iraque. Internamente, pegou na fogueira que queimou vários antecessores: o Plano de Saúde que ainda não viu aprovado e que lhe está a criar muitos cabelos brancos (envelheceu em 9 meses). Dentro da América há duas correntes: uma que continua empolgada com o seu bravo Presidente e outra que o acusa de trair os interesses americanos para agradar aos estrangeiros.
O Prémio Nobel (concedido pela primeira vez em 1901) não é um querubim imaculado, tem, sabe-se, uma vincada vertente política mas, indubitavelmente, distinguiu personalidades, instituições, que deram ao Mundo o seu valor e o fruto das suas obras. Prémio prestigiado e controverso. Dalai Lama, Mandela, Luther King (consensuais), Arafat, Kissinger (polémicos) numa imensa lista que, frequentemente, suscitou aplausos e desânimos. A cerimónia de entrega do Nobel da Paz, atribuído a Obama, será a 10 de Dezembro, em Oslo. O Presidente estará presente. Um Presidente mais forte, um laureado com estatura reforçada e prestigiada que o ajudará a vencer as tremendas batalhas que tem pela frente. Antes disso, orgulhoso e humilde disse: ...é o Prémio da afirmação da liderança norte-americana, em nome das aspirações realizadas por pessoas de todas as Nações... É também utilizado como um meio para dar impulso a um conjunto de causas. E é por isso que vou aceitar esse Prémio como uma chamada à acção, um apelo a todas as Nações para enfrentar os desafios comuns do século XXI.
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