VERA MÓNICA LONGE DE PORTUGAL
No dia 31 de Maio, no palco do Teatro Maria Vitória, no moribundo Parque Mayer, terminada a última sessão da revista Agarra, que é Honesto fechar-se-ão as cortinas, as luzes serão desligadas, o palco ficará vazio, as cadeiras da plateia quedar-se-ão solitárias. Os camarins, guardando lágrimas, projectos, anseios e confidências, ficarão sem locatários e todo o espaço que teima em não cair no meio das ruínas que o envolvem, ficará uma vez mais solitário nos negrumes das noites desesperançadas. Corações sofridos, na hora da despedida, guardarão o eco dos aplausos conquistados para servirem de consolo nas horas amargas que têm pela frente. Todos partirão e nem as gargalhadas, abraços, promessas de novos e breves encontros conseguirão mesclar a realidade. Dura realidade.
Vera Mónica é uma das que de lágrimas envolvidas em sorrisos que não quer perder, vai partir. Refiro a esta actriz, não que o restante elenco não mereça as mesmas palavras mas, Vera Mónica, é das nossas maiores actrizes nos palcos de revista. Ela é um misto de Mirita Casismiro, Beatriz Costa, Laura Alves; ela é grandiosa, arrebatadora, autêntica. Vera vai deixar-nos, não tem condições para ficar. Faltam-lhe os palcos onde ela se transforma e se supera na defesa de personagens que oscilam entre as gargalhas e a emoção. Vai partir querendo ficar. Saber isto, faz doer a Alma. Deixa-nos tristes e olhamos o futuro não entendendo esta partida de compatriotas que fazem falta a Portugal. Mais uma rainha que não soubemos amar.
http://www.youtube.com/watch?v=TeOhPR_0x8E
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