THE ONE JÁ ULTRAPASSOU A DIMENSÃO DE SPECIAL.
Bem, vou dar por encerrado o caso Mourinho-Selecção. Já ouvi barbaridades que bastem. A última foi ontem dizerem com a douta sabedoria dos convencidos que Mourinho só queria aceitar os dois jogos para ter protagonismo, está megalómano e só quer evidência (atirem-me água fria)! Ele precisa de protagonismo? Aqui não há mesmo sentido de País e não o sabem reconhecer em quem o tem. Lástima. Nem sabemos merecer os que nos dignificam além-fronteiras. O Mourinho até é capaz de estar mesmo megalómano. Ele já se tinha em bicos de pés quando não era ninguém por isso, agora que merece ser considerado o melhor do mundo na sua arte, imagine-se o que não vai quase de incontido naquela mente !!! Mas, então, mais valor tem a proposta porque fê-la sem precisar de a fazer, sabendo já que até estaria a ser usado pela Federação, suspeitando também que o seu patrão não o deixaria (ele disse-o dois dias antes) mas, ainda assim, fê-la porque ele é mesmo por esse Portugal que, um dia, há-de aparecer e que ele sabe que existe em potencial.
Mas ninguém fala do que é que ele ia provavelmente fazer à Selecção nos dois jogos! Provavelmente ia, mais do que os colocar instantaneamente a jogar bem e em equipa (que ainda não são), dar-lhes a noção e o ultimato de que jogar pela Selecção tem que começar por ser uma força incondicional que vem de dentro e que transforma as pessoas para grandes feitos. Mas mais do que apaixonado, o Mourinho é mesmo um estratega pleno e, com esta acção, sabia que ia ter o mundo a seguir esses dois jogos do pequeno Portugal, confiando (aposto eu) que ia conseguir aquele passe e aquele golo que, por efeito de borboleta haveria, daqui a uns anos, por trazer o Campeonato do Mundo à Ibéria, coisa que os Espanhóis querem conseguir sozinhos e, talvez por isso, o não Espanhol ao pedido ousado, de mente e coração. Para sabermos se foram ou não estas as razões para a recusa basta respondermos à questão: quem não gostaria de poder agora dizer que fez um favor a Mourinho e cobrar-lhe, no mínimo, a Taça do Campeonato Espanhol à primeira? E o Mourinho? Não sabe isto melhor do que eu ? Concluímos, então, que é mesmo megalómano? Talvez seja também o Campeão Mundial deste desporto radical. Talvez seja esta a energia indomável que o transforma em único e que ele até extravasa não em incómodos para nós mortais, mas em realizações excepcionais a que todos gostamos de assistir... até os Espanhóis que o contrataram com banhos de ouro (e haja quem me possa provar o contrário: também secretamente com incenso e mirra).
Mas ninguém fala do que é que ele ia provavelmente fazer à Selecção nos dois jogos! Provavelmente ia, mais do que os colocar instantaneamente a jogar bem e em equipa (que ainda não são), dar-lhes a noção e o ultimato de que jogar pela Selecção tem que começar por ser uma força incondicional que vem de dentro e que transforma as pessoas para grandes feitos. Mas mais do que apaixonado, o Mourinho é mesmo um estratega pleno e, com esta acção, sabia que ia ter o mundo a seguir esses dois jogos do pequeno Portugal, confiando (aposto eu) que ia conseguir aquele passe e aquele golo que, por efeito de borboleta haveria, daqui a uns anos, por trazer o Campeonato do Mundo à Ibéria, coisa que os Espanhóis querem conseguir sozinhos e, talvez por isso, o não Espanhol ao pedido ousado, de mente e coração. Para sabermos se foram ou não estas as razões para a recusa basta respondermos à questão: quem não gostaria de poder agora dizer que fez um favor a Mourinho e cobrar-lhe, no mínimo, a Taça do Campeonato Espanhol à primeira? E o Mourinho? Não sabe isto melhor do que eu ? Concluímos, então, que é mesmo megalómano? Talvez seja também o Campeão Mundial deste desporto radical. Talvez seja esta a energia indomável que o transforma em único e que ele até extravasa não em incómodos para nós mortais, mas em realizações excepcionais a que todos gostamos de assistir... até os Espanhóis que o contrataram com banhos de ouro (e haja quem me possa provar o contrário: também secretamente com incenso e mirra).
O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer
(Albert Einstein)
(Albert Einstein)
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