O SILÊNCIO DOS BONS
Sou patriota, gosto do meu País. Respeito-o e orgulho-me dele, apesar das muitas, mas muitas, maleitas que o afectam. Só que o País, em si, não tem culpa. Nós, sim, os portugueses, somos responsáveis pelo que de bom e de mau o caracteriza e o define. Claro que há as influências internacionais, há as ameaças futuras vindas das mudanças climáticas e, consequentemente dos países que pouco (ou nada) fazem para travar a destruição do planeta; há uma ameaça nova: a guerra do pão! É que a subida dos cereais está a atirar para fomes sem regresso, dentro de três, cinco, anos, milhões de pessoas que sustentam a sua base de alimentação nos cereais (caso do arroz, por exemplo); a subida do petróleo e do custo do dinheiro que afectará cada vez mais a vida financeira do País, que tudo parece indicar vai sentir os reflexos da crise que, dizem os analistas, afectará fortemente a Espanha e nós, portugueses, mais indefesos, mais pobres, vamos ter menor capacidade de manobra.
Sabe-se que o ritmo da economia da América mexe com o mundo inteiro, faz lembrar a imagem que é habitual usar-se para demonstrar a ligação da Terra com o Universo: uma borboleta bate as asas nos Alpes e forma-se um tsunami nas Caraíbas. E a América, economicamente também está mal. Vejam-se os recentes resultados: subida do petróleo, verbas exorbitantes desviadas para a guerra no Iraque, a crise no campo financeiro relacionado com o crédito à habitação. A fragilidade é tanta que dar a Casa Branca a Obama, excelente, mas sem experiência, é um risco. Pelo menos é inquietante. Os tempos futuros mostram-se difíceis mas, ainda estamos a tempo de fazer uma paragem na voragem das realidades e reconhecermos que há países que devido a vários factores -uma boa governação é vital-, conseguem vencer a pobreza.
Como? Dar a resposta certa, não sei. Sei, porém, que milagres não são impossíveis, mas demoram muito… Tenho a certeza que ninguém, no caso português, que esteja em São Bento (o Presidente da República não tem poderes governativos) consegue puxar pelo País se o Povo não ajudar. É uma dedução muito pueril, mas é mesmo assim: o povo português nem sempre tem sabido ajudar quem nos tenta governar. Já tivemos bons, maus, assim-assim, péssimos, excelentes governantes e nós parece que somos como António Variações (admiro-o muito, note-se)...Só estamos bem onde não estamos... Só queremos o que não temos...atitude que reflecte insatisfação, indecisão, leviandade e imaturidade.
Para Portugal desejo o melhor e, curiosamente, recebi hoje, através da Net, claro, um artigo, ilustrado magnificamente, só que não sei de quem é, por isso não faço a citação da fonte que gostaria e deveria fazer. Fala na Suíça, um país que conheço muito bem e onde familiares muito próximos foram emigrantes. Não quero com isto dizer que a Suíça seja perfeita. Nem pensar. Não, não é (não há países perfeitos) mas é, seguramente, um país onde se vive bem. Aqui fica a ideia de um viajante da Net, para pensarmos um pouco. Não nos faz nada mal. Lembre-se que o futuro não lhe vai oferecer Impulse…
A diferença entre países pobres e ricos não é a idade do país. Isto está demonstrado por países como a Índia ou o Egipto, que têm mais de cinco mil anos, e, ainda, se debatem com muita pobreza. Por outro lado, o Canadá, a Nova Zelândia, a Austrália, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos. A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais e disponíveis. O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e para a criação de gado, mas é a segunda economia a nível mundial. O Japão é uma imensa fábrica flutuante, que importa matéria-prima do mundo inteiro e importa produtos manufacturados.
Outro exemplo é a Suíça que não planta cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo. No seu pequeno território cria animais, cultiva o solo apenas quatro meses no ano. No entanto, fabrica lacticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, pelo que se transformou no cofre-forte do mundo.
No relacionamento entre gestores dos países ricos e os seus homólogos dos países pobres, fica demonstrado que não há qualquer diferença intelectual. A raça ou a cor de pele, também não são importantes. Os emigrantes rotulados como preguiçosos nos seus países de origem, são a força produtiva dos países europeus ricos.Onde está então a diferença? Está no nível de consciência do povo, no seu espírito. A evolução da consciência deve constituir o objectivo primordial do Estado, em todos os níveis do poder. Os bens, os serviços, são apenas meios. A Educação (para a vida) e a Cultura ao longo dos anos, deve estar nas consciências colectivas, estruturadas nos valores eternos da sociedade: moralidade, espiritualidade e ética
Solução-síntese: transformar a consciência do povo português. O processo deve começar na comunidade onde vive e convive o cidadão. A comunidade quando está politicamente organizada em Associação de Moradores... Clubes de Mães... Clube dos Idosos... etc., transforma-se num micro-estado. As transformações desejadas pela Nação para Portugal serão efectuadas nesses micro-estados, que são os átomos do organismo nacional –confirma a Física Quântica. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos constatamos que a grande maioria segue o paradigma quântico, isto é, a prevalência do espírito sobre a matéria, ao adoptarem os seguintes princípios de vida:
2 – A integridade
3- A responsabilidade
4- O respeito pelas leis e pelos regulamentos
5 – O respeito pelos direitos dos outros cidadãos
6 – O amor ao trabalho
7 – O esforço pela poupança e pelo investimento
8 – O desejo de superação
9 – A pontualidade
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