Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

terça-feira, 29 de junho de 2010

NASCESTE PARA VENCER


É natural que te apeteça chorar, mas se o soluço te sufocar a garganta endireita as costas, levanta o queixo e sorri frente ao que te considera humilhado. Humilhante é humilhar-se os humildes. É natural que te sintas só e te percas na imensidão da tua solidão mas se ela fizer eco na tua vida e te sentires desesperadamente só, abraça o ar que te rodeia, respira profundamente e lembra-te que a vida é um desafio a longo prazo. É um poema de heróis não de vencidos. Nasceste para vencer. É natural que morras lentamente quando te afogas na saudade e sintas o passado esvair-se pelos dedos como nuvens sopradas pelos ventos. É natural que te vires para trás, na ânsia de caminhar para o aquém do tempo, desejando recuperar sonhos e alvoradas. É natural que as lágrimas queiram deslizar dos teus olhos e os joelhos se dobrem ao peso dos passos parados de quem não sabe por onde caminhar. É possível que a indecisão te desespere e te sintas confusa nos dias, que odeies o mundo que te rodeia e que as pessoas te pareçam sombras esbatidas e fugidias. Só, desprezada, vazia, deambulas sem destino.


Há que iniciar a luta na selva da tua vida. Se te apetece chorar, ri. Se te apetecer quedar estática a um canto sem forças para reagir, levanta-te mesmo que não saibas como. Estática é que não. Os cemitérios é que estão povoados de estátuas adormecidas nos luares das noites frias. Não deixes os outros sentir a extensão da tua pobreza, não mostres a simplicidade dos teus trajes, nem ânsias secretas. Não mostres a tua sede, nem a tua fome, nem o teu abandono. Tu, na selva, para sobreviver, tens de mostrar força. Força dos fortes com dignidade e brilho no olhar. Se te apetecer chorar, ri! Se te apetecer fugir, fica! Se te apetecer acabar, vive! Se te apetecer comer, espalha as migalhas. Se os teus pés estiverem feridos das pedras dos caminhos, dança. Se estiveres desesperadamente só abre os braços ao Infinito. Olha em redor. Há algo vivo à tua espera! Nunca espalhes o teu sangue, a tua dor, o teu suor, a tua vida, sem luta. Na vida, sobrevivem os fortes. Se és fraca, terás de deixar de o ser. (M.E.B)




Todo o ser humano é Divino
(Maria Elvira Bento)

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