NÃO HÁ AMOR. HÁ ENCANTAMENTO
Tu existes mas eu invento-te (sem debilidade) numa sedução assumida, num prazer de atracção que roça a paixão, o êxtase, numa liberdade feliz de ser amada. Quando o meu abraço aflora nas tuas costas é surpreendente a magia que me envolve num movimento contínuo de insinuações, provocações, que aquecem as nossas proximidades físicas que não se rendem. Bem pelo contrário, desafiam-se. Não há amor, há encantamento. Não há vitória, há luz interior que clareia a circulação e adoça o coração. Há ondas de perfume pelo ar que marcam a sensualidade. Ficamos Sóis entrelaçados nos sorrisos, nos olhares, nas palavras por dizer hipnoticamente abrasadoras. Há um esplendor crescente que cintila na pele tocada, olhada, devorada, num quase ritual de contenção sem fragilidades mas intensamente acariciante. Tu existes mas eu invento-te, reinvento-te, quando os teus lábios me tocam no rosto tão suavemente como se a Primavera nascesse dentro de nós. Há realidades proibidas que se controlam quando o coração pode mais do que o dever. Somos cúmplices na atracção, num código indecifrável do qual só nós temos a chave: querida!
http://www.youtube.com/watch?v=dpthnM6S9Nw
5 Comentários:
Linda esta mensagem...
Para mim a palavra encantamento tem um significado mais forte do que a palavra amor. Esta está cada vez mais gasta...
Obrigada Elisabete. Não é dos meus melhores textos mas gosto dele.
Acredito que há coincidências.
Ainda não lhe disse, mas também sou do signo de Virgem (10/9).
Querida amiga MElvira!
Há encantamento no amor, tem que haver!
É um prazer enorme ler os seus maravilhosos textos.
Beijo doce.
Ná
Ná, envaidece-me. Estou consigo, há encantamento no amor, sem dúvida. No "caso" do texto é que não. Era só mesmo encantamento... Liberdades poéticas, diria eu.
Elisabete, que engraçado. Fazemos anos no mesmo dia. Nasci no Algarve, 17 horas, domingo, no momento em que passava uma procissão à porta onde estava a minha mãe.
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