O 2008, GANHA-SE AGORA!
O jogo particular de preparação para o Europeu colocou no relvado do estádio de Zurique a Selecção de Portugal (vice-campeões) e a Itália (campeões do mundo). Luiz Filipe Scolari e Roberto Donadoni foram os seleccionares que nos respectivos bancos torceram, logicamente, pela vitória dos seus jogadores.
Pela parte do italiano havia –seguramente- uma certa tranquilidade (os peritos na matéria dizem que a equipa de Itália é impiedosa e matreira. Parece que sim e confirmam-no sempre que podem) já que a equipa adversária era trintona no jejum de vitórias frente à sua squadra azzurra. E no jejum continuou a Equipa das Quinas, graças aos três (irritantes) golos que sofreu, apesar da saborosa réplica de Ricardo Quaresma, o internacional jogador do FC do Porto
Por parte de Scolari a tarefa era muito dura. Não se tratava de ganhar o jogo –o problema está rigorosamente aí- era quebrar a sina de 31 anos de jejum! Há 31 anos que não ganhamos aos italianos.!!! Podia ser uma vergonha, mas não é. A espécie de maldição é consequência de um bloqueio mental que envolve todos: Jogadores, treinador, adeptos presentes no estádio e em todos os cantos do Globo. São eles, em conjunto, que também decidem os resultados negativos ou positivos dos desafios. Por isso, os adeptos, são muito bem definidos como o 14º jogador (ou 12º? Não sei!)
Eu, que sou uma verdadeira naba (nota-se) em questões de futebol (gosto da Selecção Nacional), quando me lembrava do encontro na Suiça, apesar de amigável, só recordava a frase: Há 31 anos que não ganhamos. Assim, eu também fui uma das que, involuntariamente, contribuí para a derrota. Como? Não liguei como devia ao acontecimento e, colei-me aos largos milhares que pensaram da mesma forma e, tal como eles, ajudei a atrair a fragilidade que nos ameaçava como sentença fatal: não ganhamos…
Os jogos não se ganham só nos estádios, ganham-se anos antes (cuidado com o 2008 que está quase a arrancar), através de uma mente colectiva direccionada para resultados positivos. Por isso, fiquei preocupada quando Cristiano Ronaldo, há dias, numa conferência de imprensa ou numa entrevista, não sei bem, disse: Não pensem que vou estar no Euro como estou neste momento. Vou já ter muitos jogos em cima, estarei mais cansado do que estou agora no Manchester.
Então, assim será! O Ronaldo que iremos ter no 2008 (se mantiver o mesmo quadro de mentalização) não mostrará a sua habitual e exuberante forma! Sem uma mente arrumada, não há pernas e pés fabulosos... Ele estará como pensa que vai estar! Aliás,Cristiano é um excelente exemplo para demonstrar a força do querer e a capacidade de pensar positivamente. A sua vida é transparente nessa defesa: Começou muito cedo a descobrir a paixão de jogar e nunca se distanciou da meta que sonhou e escolheu.
Ser jogador e ser bom, pensava assim ainda menino e, aos 23 anos, talvez o melhor do mundo, continua a trilhar a linha que escolheu em terras da Madeira. Hoje, trabalha, trabalha, trabalha, como se estivesse no início de carreira. Esse é o seu segredo. Programa-se para ser o melhor. E, quando o for, oficialmente, trabalhará para ser o melhor dos melhores.
A nossa brilhante participação no Euro 2004, não teria sido tão vibrante se não tivesse existido uma coesão nacional que se levantou entusiasticamente em torno da sua equipa (nunca esquecerei a imagem do autocarro da Selecção, na ponte Vasco da Gama, com milhares de pessoas no percurso e até os barcos no Tejo diziam: Estamos convosco).
Só esse clima de entrega total consegue neutralizar a corrente contrária que os adversários e as suas torcidas projectam, bastando para isso reclamarem, mentalmente, a vitória. Há como que um duelo de vibrações que será ganho pelo lado mais forte e mais unido. Fácil!
Como? Vejamos: tudo no Universo é dinâmico. O pensamento de uma pessoa gera energia, é uma força magnética. O pensamento de milhares, milhões, focalizado no mesmo ponto torna-se num poderosíssimo íman e força de energia, capaz de obter resultados verdadeiramente surpreendentes. (Aplica-se a tudo e até Portugal seria diferente se os portugueses mudassem –urgentemente- de mentalidade e deixassem de ser desmotivados, apáticos, tristes, derrotados, infelizes).
Os analistas dizem que os primeiros 45 minutos da exibição dos portugueses foi soberba mas o primeiro golo, quase no final do tempo foi um copo de água fria. A segunda parte já foi má e, aos 4 minutos, outro golo. Teve o efeito de um jarro com cubos de gelo e acabou com a nossa equipa. Quando Quaresma marca o golo, passados minutos, não sei se o Pirlo, concretiza nova marcação dos italianos, sentimos que só um grande reviravolta nos tornaria vencedores.
A saída de Deco fragilizou a posição do Ronaldo que teve no guarda-redes, Amélia (será que estou enganada no nome?), um irritante opositor já que defendeu bem e várias vezes (demasiadas vezes). Ricardo não esteve nos seus dias. O nosso meio campo foi frequentemente confuso e Portugal jogou em desespero, perdeu ligações, esgotou-se. Foi uma partida com boa arbitragem mas se fosse um encontro oficial poderiam, talvez, ter sido mostrados 2 cartões amarelos.
Resumindo, como disse o capitão Ronaldo: Há que aprender com os erros. Scolari prometeu dar no 2008, aos emigrantes portugueses, na Suiça (excelentes torcedores da Selecção), razões para ficarem mais felizes: Bons resultados. Também reconheceu que: Foi uma vitória justa de Itália e, pausadamente, acrescentou: Falhámos em todos os sentidos...
Ele sabe que sim. Mas, nós (o povo), podemos ajudar!
4 Comentários:
... e agora vem a psicóloga!!!
Maria Elvira, quantos psicólogos, bruxos, adivinhos, macumbeiros conheceu no futebol?
Tem piada e não ofende. Não conheço nem futebol e afins, nem quem referencia. Não sou psicóloga. Em futebol sou naba, mas isso não pode ser entrave ao meu gosto de analisar o que me apetece. Analisei o Portuga-Itália. E daí? Quer apostar que não estou errada?
não é nad disso, a Federação contratou uma psicóloga brasileira
Que bom saber que tenho uma pessoa que me lê! Ah! não tinha percebido bem o comentário. Contratou uma psicóloga brasileira? Podia ser portuguesa, mas como o seleccionador é brasileiro entende-se. Sabe, acho que futuramente os psicólogos vão ser tão ou mais importantes que os treinadores. E agora nós: Acha que eu conheço advinhos, macumbeiros,etc e tal? Não conheço nem estou interessada. Mas o que o levou a pensar isso?
Não deixe de me ler. Sem plateia fico desmotivada...
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