Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

quarta-feira, 18 de junho de 2008

ATLÂNTIDA, ADORMECIDA NOS AÇORES?


Há madrugadas que se revestem de campos propícios a indagações mais profundas. Há lembranças, memórias, dúvidas, que nas horas serenas da noite ganham contornos fantasiosos e surgem pensamentos a exigir esclarecimento. A maior parte das vezes sem resultados positivos, mas não deixam de ser temas que fascinam, provocam e inquietam, na medida em que, à partida, já sabemos que, seguramente, não vamos ser bem sucedidas na obtenção de esclarecimentos.



Tenho uma janela que se abre para o Monte da Lua, a serra de Sintra, assim denominada por ser aquela em que a Lua todos os dias, portanto, em todas as fases, passa por ela. Bom, quando abro as vidraças para a serra automaticamente sou projectada para as dimensões que, no momento, o meu pensamento espelha. Facilmente se pode concluir que sou um ser duplamente feliz: tenho uma serra ao alcance da mão e tenho um pensamento aliado a uma imaginação que caminham (de mãos dadas) pelos férteis campos da divagação.


Numa dessas madrugadas, sempre silenciosas, surge o tema dos enigmas que continuam espalhados pelo mundo a acicatar a inteligência humana e ganha proporções entusiasmantes nesta espectadora das estrelas (eu), residindo num triângulo guardador de segredos (Sintra, Berlengas, Ericeira…) que desenha o cenário envolvente para tentar entender os Moais da Ilha de Páscoa, Macchu Picchu, os Menires Celtas e, para não me tornar demasiado minuciosa, adianto que hoje gostaria de visualizar o Continente de Atlântida (uma cultura avançadíssima. Platão referiu-se a ele, dizendo que foi destruído 9000 antes da sua era), envolta em brumas, em mistério, em descrença e, paradoxalmente, certezas. Uns dizem que nunca existiu. É lenda, apenas. Fascinante, mas lenda! Outros, após profundos estudos, não receiam afirmar que este continente se situava no Atlântico Norte, indo desde a actual costa da Florida (USA) até às ilhas Canárias e Açores.



A tese da separação dos Continentes (ler crónica de 5 de Maio) encontra no perfil da costa brasileira com a costa ocidental de África o encaixe perfeito entre o côncavo e o convexo, unindo-se caprichosamente como talhadas pelo Universo. Todavia, no extremo norte, as peças já não conseguem a junção perfeita. Pode perceber-se ao olhar os litorais da Escandinávia, Islândia, Gronelândia e Norte do Canadá. Ente a costa Norte Americana de um lado, a Europa e Norte de África de outro, existe um grande vazio! Como se faltasse uma peça do quebra-cabeças. Teria esse vazio relação com o Continente de Atlântida, desaparecido no meio do Oceano?


Sabe-se que há 100 milhões de anos os Continentes estavam unidos e o processo de separação deu-se através de violentos movimentos tectónicos que se prolongaram por milhares de anos. Neste período de separação das placas formaram-se cordilheiras. O local onde os dois grandes blocos continentais se desmembraram encontra-se demarcado por uma espécie de cordilheira submarina conhecida por Dorsal Meso-Atlântica. Assim, Atlântida, pode ter surgido numa destas formações marcadas por intenso vulcanismo.


Os historiadores não acreditam que um Continente se possa ter afundado numa noite. Mas, na década de 60, foram encontradas ruínas de uma civilização no fundo do mar perto dos Açores: vestígios de colunas gregas e um barco Fenício. E há os mais ousados que sugerem que, no caso de Atlântica não ser hoje parte dos Açores, Madeira, Canárias ou Cabo Verde, teria sido mesmo destruída pelos movimentos bruscos da crosta terrestre no local.


Continuo a olhar o perfil do Monte da Lua e sob o brilho das estrelas, recordo as palavras do Dr. Richard Chavering:


- Um grande movimento ocorreu no fundo do Atlântico e ainda está a ocorrer, ninguém pode duvidar. Em Agosto de 1923, foi enviada uma embarcação para procurar um cabo perdido que tinha sido colocado há 25 anos atrás. Sondagens efectuadas no lugar exacto revelaram que o fundo do Oceano se erguera 4 mil metros, durante aquele curto prazo de tempo.


A região do Atlântico, entre a América e a Europa, não está calma nem segura (fonte: Caminhos de Luz). Assim, como em 25 anos ou num só dia deste período, o fundo subiu 4 mil metros, podia ter descido (é mais fácil) 3 mil e poucos metros, na época da velha Atlântida. Hoje, o local assinalado daquele riquíssimo Continente, situa-se nas ilhas dos Açores e Canárias.



O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.
(Eleanor Roosevelt)

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