CRIANÇAS SEM AMANHÃS
Há crianças que no mundo andam perdidas, maltratadas, deambulando sós e revoltadas, sem amanhãs, sem casas e sem destinos. Não são amadas nem amam, mordiscam a vida como sombras febris e desfocadas, de olhares parados, sem vibrações, sem céus e sem risos. Indiferentes, enfrentam as emboscadas dos dias e dos homens, com revolta e solidão confusa nos seus jovens corações. Crescem pálidas e absortas. A muitas faltou-lhes o pai. Outras, nunca conheceram a mãe. Umas ( apenas) os recordam vagamente mas, mesmo assim, há nelas o secreto sabor de uma saudade revolta e amordaçada. Felizmente, outras há que vivem, dia-a-dia, o amor partilhado, numa família envolvente.
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