Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

sábado, 9 de agosto de 2008

AINDA É TEMPO DE OUVIR A VOZ DOS VENTOS



Não é possível que você suporte a barra
De olhar nos olhos do quem morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor nesse momento


Não é possível que no fundo do seu peito
O seu coração não tenha lágrimas guardadas
Para derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que você deixou manchadas


Os seus netos vão perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam Oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão


O gosto amargo do silêncio na sua boca
Vai leva-lo de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão


Como é possível que você tenha a coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Pede a chance de existência no futuro


Mudar o seu rumo e procurar os seus sentimentos
Vai fazer de si um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor
(As Baleias - Roberto Carlos)



Eu avistei mais longe que muitos porque fiquei de pé em ombros de gigantes

(Albert Einstein)




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