DEUSES, SÃO DEUSES, MAS A TAREFA É MONUMENTAL!
Lembro-me perfeitamente, em 2004, no estádio de Atenas, da imagem do representante chinês a desfraldar, sorridente, a bandeira Olímpica, assinalando a passagem de testemunho da Grécia à China, país escolhido para a realização dos Jogos Olímpicos de 2008, na sua XXIX edição. E, na altura, dei comigo a pensar: não vai ser nada fácil.
A poucas horas da abertura oficial dos Jogos que decorrerão em Pequim (cidade com 18 milhões de habitantes) de 8 a 24 de Agosto, dos sonhados Jogos, que a China parece esperar desde 1922 (rezam as crónicas) penso rigorosamente a mesma coisa. Os Jogos Olímpicos devem ser espectaculares (62 mil milhões de euros gastos na realização, a maior verba desde sempre) só a cerimónia de abertura, para a qual andam a ensaiar há seis meses, contará com 160 mil participantes e 70 mil convidados, já para não falar dos 90 mil que se estimam estejam presentes no Ninho de Pássaro, o fabuloso estádio onde decorrerá a abertura oficial. A concretização dos eventos nos 32 locais escolhidos para o efeito vai ter que se lhe diga. Porquê? Por tudo! Ou os deuses estão juntos e para aí virados ou a luta vai ser dura...
Uma poluição de cortar à faca, uma permanente neblina que nada tem de romântica, um calor sufocante, ameaça de chuva precisamente para a hora da inauguração. Previsão de tufões na zona. Em Pequim, respira-se pesado e o odor dos escapes de milhões de carros (conseguiram, agora, reduzir três milhões), não facilita a vida de ninguém, muito menos a dos atletas que, para além das dificuldades próprias de umas Olimpíadas, têm pela frente, pelo menos, a ameaça de alergias, dificuldades respiratórias que se irão ressentir nos resultados obtidos. Por tudo isto, ou não, a ausência de turistas (esperavam-se 500 mil) baralhou o comércio, embora estejam a chegar aos milhares.
Depois, há as manifestações locais motivadas pelas obras que desalojaram muitos moradores. O antigo tema dos Direitos Humanos, do Tibete, vão fazer-se ouvir, apesar dos milhares de polícias destacados para a segurança. A ameaça de terrorismo é forte. A poluição (a China é o segundo país mais poluído do mundo. A Rússia, o primeiro), o trânsito infernal, hotéis sem a ocupação desejada, atentados a quatro dias (um número que os chineses nem escrevem) da grande cerimónia que reunirá atletas de dezenas de países, são motivos para fazer empalidecer a mais forte organização, mas os chineses continuam firmes no propósito de deslumbrar o mundo.
Para o dia 8 a China enfrenta entusiasticamente (à sua maneira) a grande epopeia de demonstrar como lida com os grandes problemas e como os resolve. Propõe-se mudar a chuva para outros locais (!), espalhar perfume pelas ruas de Pequim. Estarão atentos aos tufões, terramotos e o que habitualmente assola a zona. Vão afastar a teia cinzenta que envolve a cidade e deixar os turistas ver o céu azul. E apostam, firmemente, na defesa que esta XXIX edição dos Jogos Olímpicos de 2008 vai ser inesquecível. Sinceramente, aí estou com eles. Que tudo decorra pelo melhor e seja um triunfo absoluto da essência do desporto. Mas que a tarefa, é monumental, lá isso é!
A poucas horas da abertura oficial dos Jogos que decorrerão em Pequim (cidade com 18 milhões de habitantes) de 8 a 24 de Agosto, dos sonhados Jogos, que a China parece esperar desde 1922 (rezam as crónicas) penso rigorosamente a mesma coisa. Os Jogos Olímpicos devem ser espectaculares (62 mil milhões de euros gastos na realização, a maior verba desde sempre) só a cerimónia de abertura, para a qual andam a ensaiar há seis meses, contará com 160 mil participantes e 70 mil convidados, já para não falar dos 90 mil que se estimam estejam presentes no Ninho de Pássaro, o fabuloso estádio onde decorrerá a abertura oficial. A concretização dos eventos nos 32 locais escolhidos para o efeito vai ter que se lhe diga. Porquê? Por tudo! Ou os deuses estão juntos e para aí virados ou a luta vai ser dura...
Uma poluição de cortar à faca, uma permanente neblina que nada tem de romântica, um calor sufocante, ameaça de chuva precisamente para a hora da inauguração. Previsão de tufões na zona. Em Pequim, respira-se pesado e o odor dos escapes de milhões de carros (conseguiram, agora, reduzir três milhões), não facilita a vida de ninguém, muito menos a dos atletas que, para além das dificuldades próprias de umas Olimpíadas, têm pela frente, pelo menos, a ameaça de alergias, dificuldades respiratórias que se irão ressentir nos resultados obtidos. Por tudo isto, ou não, a ausência de turistas (esperavam-se 500 mil) baralhou o comércio, embora estejam a chegar aos milhares.
Depois, há as manifestações locais motivadas pelas obras que desalojaram muitos moradores. O antigo tema dos Direitos Humanos, do Tibete, vão fazer-se ouvir, apesar dos milhares de polícias destacados para a segurança. A ameaça de terrorismo é forte. A poluição (a China é o segundo país mais poluído do mundo. A Rússia, o primeiro), o trânsito infernal, hotéis sem a ocupação desejada, atentados a quatro dias (um número que os chineses nem escrevem) da grande cerimónia que reunirá atletas de dezenas de países, são motivos para fazer empalidecer a mais forte organização, mas os chineses continuam firmes no propósito de deslumbrar o mundo.
Para o dia 8 a China enfrenta entusiasticamente (à sua maneira) a grande epopeia de demonstrar como lida com os grandes problemas e como os resolve. Propõe-se mudar a chuva para outros locais (!), espalhar perfume pelas ruas de Pequim. Estarão atentos aos tufões, terramotos e o que habitualmente assola a zona. Vão afastar a teia cinzenta que envolve a cidade e deixar os turistas ver o céu azul. E apostam, firmemente, na defesa que esta XXIX edição dos Jogos Olímpicos de 2008 vai ser inesquecível. Sinceramente, aí estou com eles. Que tudo decorra pelo melhor e seja um triunfo absoluto da essência do desporto. Mas que a tarefa, é monumental, lá isso é!
A filosofia é, na realidade, o medicamento do espírito
(Cícero)
(Cícero)
2 Comentários:
E enquanto isso os chineses e os tibetanos continuam a sofrer a mais brutal repressão. É vergonhoso.
Penso que deixei transparecer que não estou com o governo da China, na sua política. O que estranhei foi que em 2004, conhecendo-se essa realiade, tenha sido o país escolhido para a realização dos Jogos. Escolhido que foi, e a horas da abertura oficial, é tempo de desejar que tudo corra pelo melhor. Estão lá milhares e milhares de pessoas que são contra a política vigente mas defendem os ideiais olímpicos. Obrigada pela sua opinião.
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