CAI NEVE EM...MARTE!!!
Foto: Sapo/Windows
Já 160 a.C. o astrónomo grego Hiparco se deixou fascinar por este ponto vermelho no céu chamado Marte e, ao analisá-lo, verificou que ele nem sempre se movia de Oeste para Leste. As observações do movimento aparente de Marte feitas por Tycho Brahe, em 1546, permitiram ao seu discípulo Johannes Kepler descobrir as leis dos movimentos dos planetas que deram suporte à teoria heliocêntrica de Copérnico. Em 1655, Christiaan Huygens construiu um telescópio (ampliação de 50x) e, em 1659, quando Marte se encontrava em oposição, decide examiná-lo e distingue manchas que assinala num esboço com uma marca em forma de V, o que é hoje identificado como Syrtis. O ano de 1877 foi um ano-chave para os estudos do planeta, já que se encontrava numa oposição muito mais próxima da Terra. E, assim, o astrónomo norte-americano Asaph Hall descobre os seus satélites naturais: Fobos e Deimos.
Marte, desde sempre provocou muita curiosidade (gerou-se a ideia de que o planeta foi ou é habitado e, na actualidade, pensa-se que poderá ser um destino futuro para resolver o problema terreno que, na altura, se debaterá com escassez de água, excesso de população…) e, também, em 1855, Percival Lowell espiou esse imenso deserto frio-, que é um dos mais visitados planetas por naves não tripuladas. Em 1965 recebeu uma sonda Mariner 4. Em 1971 aterra outra e, em 1976, recebe outras duas: as Viking 1 e 2. Em 97 a paisagem marciana tem um visitante estranho: um pequeno robot com uma missão especial e atribulada. Em 2004 outros dois possibilitam o envio de informações que chegam à Terra, sempre ansiosa por descobrir mais. Todavia, o maior volume de informações são obtidas pelas sondas que orbitam Marte, e que possibilitaram desconfiar mais sobre o Planeta Vermelho e as fortes marcas de erosão no terreno que deve ter sofrido erupções vulcânicas há um milhão de anos.
Desconfiados estavam (e estão) os cientistas sobre infiltrações de água, o precioso líquido cuja existência responderia a muitas interrogações: teria existido vida? Talvez sim, talvez não mas, as possibilidades aumentariam de ali ter existido vida microscópica se o gelo tivesse alguma vez ter sido água líquida. E, quando a sonda Phoenix tocou (25 de Maio. Terminará a missão em fins de 2008) o tão visitado solo marciano a NASA e a Agência Europeia, sentiram o sabor daquele distante gelo e rejubilaram ao ver (há horas) o laser da Phoenix detectar neve a cair das nuvens de Marte a uns quatro quilómetros de altura. Fantástico! Nunca ninguém tinha visto nada assim.
A comunidade científica internacional mais do que nunca quer ter certeza sobre o planeta que já nos tempos do passado longínquo tirou horas de sono aos babilónios e, mais tarde, aos gregos. As experiências vão continuar. Entretanto, a Phoenix, vai-se esgotando nas suas potencialidades e no princípio do novo ano deve já ser mais um pedaço de lixo a gravitar no Espaço. Não é muito poético mas esse terminar nunca será inglório. Dê as voltas que der, tenha as colisões que tiver ela será sempre a sonda que, pela primeira vez, deu possibilidades a estes confusos terrenos de ver cair neve sobre o solo vermelho de Marte. Soa a canção!
Marte, desde sempre provocou muita curiosidade (gerou-se a ideia de que o planeta foi ou é habitado e, na actualidade, pensa-se que poderá ser um destino futuro para resolver o problema terreno que, na altura, se debaterá com escassez de água, excesso de população…) e, também, em 1855, Percival Lowell espiou esse imenso deserto frio-, que é um dos mais visitados planetas por naves não tripuladas. Em 1965 recebeu uma sonda Mariner 4. Em 1971 aterra outra e, em 1976, recebe outras duas: as Viking 1 e 2. Em 97 a paisagem marciana tem um visitante estranho: um pequeno robot com uma missão especial e atribulada. Em 2004 outros dois possibilitam o envio de informações que chegam à Terra, sempre ansiosa por descobrir mais. Todavia, o maior volume de informações são obtidas pelas sondas que orbitam Marte, e que possibilitaram desconfiar mais sobre o Planeta Vermelho e as fortes marcas de erosão no terreno que deve ter sofrido erupções vulcânicas há um milhão de anos.
Desconfiados estavam (e estão) os cientistas sobre infiltrações de água, o precioso líquido cuja existência responderia a muitas interrogações: teria existido vida? Talvez sim, talvez não mas, as possibilidades aumentariam de ali ter existido vida microscópica se o gelo tivesse alguma vez ter sido água líquida. E, quando a sonda Phoenix tocou (25 de Maio. Terminará a missão em fins de 2008) o tão visitado solo marciano a NASA e a Agência Europeia, sentiram o sabor daquele distante gelo e rejubilaram ao ver (há horas) o laser da Phoenix detectar neve a cair das nuvens de Marte a uns quatro quilómetros de altura. Fantástico! Nunca ninguém tinha visto nada assim.
A comunidade científica internacional mais do que nunca quer ter certeza sobre o planeta que já nos tempos do passado longínquo tirou horas de sono aos babilónios e, mais tarde, aos gregos. As experiências vão continuar. Entretanto, a Phoenix, vai-se esgotando nas suas potencialidades e no princípio do novo ano deve já ser mais um pedaço de lixo a gravitar no Espaço. Não é muito poético mas esse terminar nunca será inglório. Dê as voltas que der, tenha as colisões que tiver ela será sempre a sonda que, pela primeira vez, deu possibilidades a estes confusos terrenos de ver cair neve sobre o solo vermelho de Marte. Soa a canção!
Todo conhecimento humano é incerto, inexacto e parcial
(Bertrand Russel)
(Bertrand Russel)
1 Comentários:
ler todo o blog, muito bom
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial