O MISTÉRIO DE FOSSET
Foto: Google
Na memória, nas emoções e nos corações da família e dos amigos, Steve Fosset voltou a reaparecer das neblinas do tempo e reavivou dores e memórias deste multimilionário norte-americano audaz que cruzou o mundo em balões, aviões e navios, atravessou a nado o Canal da Mancha, escalou o Kilimanjaro e mais 299 montanhas, mas falhou o Everest, sobreviveu a uma queda de 8.800 metros de um balão, no Pacífico, correu em Le Mans e desapareceu num simples passeio de avioneta sobre as montanhas do Nevada.
Detentor de um número invejável de recordes (116), fez da sua vida uma permanente aventura: na terra, na água e no céu. Desafiou sonhos, desafiou limites, saboreou a existência à sua maneira e desapareceu (tal como Amelia Earhart, no Pacífico, em 1937 e Saint-Exupéry, em 1944, no Mediterrâneo), inesperadamente, a 3 de Setembro de 2007 (tinha 63 anos) a bordo do seu Bellanca 8KCAB (N240R), que picou para se esmagar na floresta californiana. Esse facto provocou buscas intensas mas infrutíferas, até o Google (graças ao amigo Richard Branson, o bilionário inglês, também ele um aventureiro) foi mobilizado nessa procura. O Google Earth, o serviço de busca de imagens de satélite de todo o planeta, requisitou, na altura, as fotos recentes disponíveis, na esperança de encontrar alguma pista do avião do milionário. Nada resultou, o seu desaparecimento continuava um mistério.
Fosset foi declarado legalmente morto a 15 de Fevereiro de 2008 mas, um simples passeio pela montanha da Califórnia (Leste) a 1 de Outubro (ontem) de um montanhista, Preston Morrow, que encontrou 1000 dólares em notas de 100 e cartões de identificação de Fosset, além dos destroços do avião, revolveram toda a situação. Dentro da esmagada avioneta não foram encontrados quaisquer vestígios do corpo. Todavia, quem viu os destroços disse não acreditar que a violência do desastre permitisse que alguém saísse vivo dali.
Steve Fosset morreu, desapareceu, tal como viveu: hipnotizado pela magia do impossível conquistado. Ele foi alegre, dinâmico, feliz, desafiador, até ao dia em que o Universo tomou as rédeas do seu destino.
Vencer sem riscos é triunfar sem glória
(Pierre Corneille)
(Pierre Corneille)
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