ALI, MILHARES DE MORTES MAGOAM-NOS A VIDA...
Torna-se cada vez mais difícil, passado o primeiro impacto da estupefacção sobre o que aconteceu no Haiti, seguir com atenção os relatos in loco dos jornalistas destacados para o efeito. São dilacerantes as imagens que os ecrãs agarram e se colam de imediato à nossa sensibilidade e nos deixam espectadoras de um cenário dantesco. Ali, a morte magoa-nos a vida. Comecei a ler um artigo no jornal espanhol El País, assinado por David Trueba ... Qué difícil es sentarse a escribir de algo cuando suceden catástrofes como las de Haití. Qué ridículas todas las querellas, cuando la naturaleza golpea con tal fuerza y nos recuerda lo poco que somos... Todo o artigo é uma peça jornalística de grande vigor e foca pequenez humana perante a força (enraivecida) da Natureza que não sendo combatível origina uma gigantesca onda de solidariedade. Os dias vão passando, as imagens ir-se-ão repetindo, as ajudas chegarão de todo o mundo mas dificilmente (a pressa é muita e em volta deles não há nada) aos necessitados que vão morrendo a cada segundo.
Para os haitianos o luto ainda nem começou, não conseguiram sair do manto de terror, desespero e dor que os envolveu. O tempo e a grandiosa cadeia humana que desponta a nível mundial, conseguirá suavizar alguma dor, mas não conseguirá apagar as memórias. Acabei de ter acesso a uma longa carta que o Presidente Obama escreveu aos americanos, sobre o ocorrido no Porto Príncipe, e dela retirei um breve pensamento: (...) É em momentos como estes que temos de mostrar compaixão e humanidade que definem o melhor do nosso carácter nacional (...) Espero que continue a manter o povo do Haiti no seu pensamento e orações, bem como os muitos haitiano-americanos que têm feito muito para enriquecer o nosso país e que estão preocupados com amigos e entes queridos neste momento de necessidade (...)
No meio deste tragédia há uma nota tocante. Apesar dos Estados Unidos e Cuba não manterem relações diplomáticas, desde 1961, Cuba, para servir de corredor de apoio permitiu que os aviões dos EUA atravessem o seu espaço aéreo para assim agilizar (são menos duas horas de viagem) a evacuação de feridos para Miami, a partir da base militar de Guantánamo. O anúncio foi feito pela Casa Branca.
3 Comentários:
Querida amiga,
Não podia ter escolhido melhor forma de introdução.
Doí demais!
As imagens passam às horas das refeições e eu não consigo parar de chorar e não engulo os alimentos.
O José tem que apagar a Televisão.
É atroz o sofrimento daquele povo, não encontro palavras para definir o que sinto.
Só nos resta ter esperança que as ajudas internacionais sejam capazes de salvar alguns dos sobreviventes.
Haja dó para tanto sofrimento.
Choremos os mortos e ajudemos os vivos.
Eu sempre dou à AMI uma migalha.
Beijinhos
Olá Marina!
Desde Portugal, para agradecer a sua visita ao Sempre Jovens e dizer-lhe que a sua poesia é belíssima.
Lembra-me um romance perdido recentemente.
Beijos,
Ná
Querida Ná
Dói demais, é verdade. Se não se aguenta ver, imagine-se o que será o sofrimento vivido por cada um que sobreviveu à catástrofe. O drama é demasiado extenso para que a ajuda seja disciplinada, mas a atitude de voluntariado é grandiosamente comovente. Que Deus os ajude: os que sobreviveram. Os que não sobreviveram e os que perderam tudo e vidas e só lhes ficou a dor e a saudade. É muita tragédia junta. Há anos que vou para a Rep. Dominicana e sei o que é a miséria do Haiti.Sabe, amiga, não tenho palavras. Beijinhos
Ná
Tentei, mas não consegui tirar o comentário para a Marina, não faz mal. Tudo em família de blogger's. Bj.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial