Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

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O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O FUTURO A RENASCER NA PÉROLA DO ATLÂNTICO


A Pérola do Atlântico foi ferida (duramente) pela asa da Natureza. O que era, deixou de ser. O que estava, deixou de estar. Onde havia cor ficou castanho. Onde corria água quedaram-se pedras amontoadas ocultando vidas, casas, carros. O esplendor da ilha foi ofuscado mas a grande onda de solidariedade agigantou-se e mais de duas mil pessoas, diariamente, só no Funchal, estão a reerguer dos escombros -num ritmo impressionante- a vontade indómita de voltar a olhar a sua Princesa do Atlântico. Quem partiu passa agora a viver nos corações, nas lembranças, nas lágrimas vertidas. Na dor muito sofrida. O que foi, passou. Marcou uma fronteira entre o hoje e o futuro. O passado está lá espalhado pelo Atlântico, não adianta olhar para trás. O futuro está ali expresso na foto, na força das mãos que se uniram para vencer obstáculos tremendos que só a força arrancada à Alma conseguiu vencer. Está nas palavras de Alberto João Jardim: ...esta tragédia levou o passado, a partir de hoje é um recomeço, um renascer. É um tempo novo...


A Madeira voltará, em breve, a ter o ar saudável que revigorava, a beleza tocante das suas paisagens, o exótico da flores e a grandeza das suas árvores, que desde sempre encantaram personalidades: imperatrizes Leopoldina e Isabel (Sissi), a Rainha Adelaide de Inglaterra, os Habsburgos, D. Carlos e Rainha Dona Maria Amélia, Sacadura Cabral, Gago Coutinho e Ortins Bettencourt, Winston Churchill, Rei Carlos Gustavo e a Rainha Sílvia da Suécia. O príncipe Alberto do Mónaco, e a irmã Stéphanie, Papa João Paulo II, Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva. Os Reis de Espanha, Juan Carlos e D. Sofia, Margaret Thacher, Duques de Bragança, D. Duarte e D. Isabel, apenas alguns nomes ao acaso para recordarmos o prestígio desta ilha que em breve voltará a resplandecer. A primeira prova de fogo (pensando nos efeitos da tragédia no turismo internacional) será na Festa da Flor (17 e 18 de Abril). Seria bom, se aqui do Continente uma presença em força fosse in loco dizer: irmãos, estamos aqui!




Os grandes navegadores devem sua óptima reputação às grandes tempestades
(Epicuro)

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2 Comentários:

Blogger **Viver a Alma** disse...

Salvé amiga

Tambem coloquei essa foto no meu post de agora.
Quanto aos acontecimentos, provocados pela Natureza, esta nunca avisa - mesmo que haja a mais avançada tecnologia em prever.... o imprevisível!

Ouviu-se o discurso diferente - logo,mais conscencioso, gentil e até reconhecedor do Alberto João! - bem menos arrogante, indelicado....
Foi sem dúvida um sinal positivo que afectou um pessoa que é como que um ícon da Madeira - nem sempre de referência. Penso como ele muitas mais pessoas de certo foram afectadas na sua mudança interna!

É essa postura que o Universo reconhece e não outras. A vibração contrária - que infelizmente é a mais sentida e absorvida pela Natureza, para além de outros males que lhe infligem.

Deixo o meu abraço
Sempre
Mariz

3 de março de 2010 às 20:58  
Blogger MEB disse...

Amiga Mariz

Sabe, acho que o Universo anda zangado,a terra está saturada, os mares revoltos e os ventos desabridos e o homem não aprende. O que aconteceu na Madeira foi uma tragédia tremenda mas serviu para por a descoberto a grandeza de um povo que de imediato deu as mãos em solidariedade e não se perdeu em queixumes.

Sócrates e Jardim tiveram comportamente de estadistas de grande nível e no Continente fomos solidários (só o somos nas grandes calamidades). Precisavamos de mudar de mentalidade, estamos a empurrar-nos uns aos outros para o abismo e não damos por isso.
Um abraço amigo

4 de março de 2010 às 22:35  

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