SEI DE UM RIO
Sei de um rio
sei de um rio
em que as únicas estrelas
sempre nele debruçadas
são as luzes da cidade
Sei de um rio
sei de um rio
rio onde a própria mentira
tem o sabor da verdade
Sei de um rio
meu amor dá-me os teus lábios
dá-me os lábios desse rio
que nasceu na minha sede
mas o sonho continua
e a minha boca até quando
ao separar-se da tua
vai repetindo e lembrando
Sei de um rio
sei de um rio
*
Meu amor dá-me os teus lábios
dá-me os lábios desse rio
que nasceu na minha sede
mas o sonho continua
e a minha boca até quando
ao separar-se da tua
vai repetindo e lembrando
Sei de um rio
sei de um rio
Sei de um rio até quando
(poema de Pedro Homem de Mello e Alain Oulman
cantado por Camané)
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