ROSAS VERMELHAS PARA UMA ATLETA FELIZ
Vanessa de Sousa Fernandes (filha do ciclista Venceslau Fernandes, que tem sido mais do que pai, mais do que treinador, mais do que força: tem sido o exemplo, o símbolo, a magia), nascida em Perosinho, a 14 de Setembro de 1985, é, até agora, dia 18, a única atleta portuguesa que nos Jogos Olímpicos de Pequim, de 2008, conseguiu subir ao pódio (foto: site da atleta), ganhando a medalha de prata (a australiana Emma Snowsill, foi a primeira classificada) que, na simplicidade dos grandes, Vanessa, sente como se fosse de ouro.
Ora, aqui, reside o ponto forte desta jovem que nasceu no País errado. Valor e simplicidade.Trabalhadora e ambiciosa. Não se endeusou no sabor do seu palmarés que já é notável. Infelizmente, também no sector do desporto a realidade portuguesa é primária quando deveria ser (que importante seria) uma base sólida a partir dos primeiros anos de escolaridade. E, continua a não ser! Assim, mandar atletas para uns Jogos Olímpicos é atirá-los um pouco à sorte. Não há uma política desportiva contínua. Não há, sequer, uma mentalidade desportiva, só o futebol parece seduzir multidões. Quando aparece uma Rosa Mota um Carlos Lopes, não se fica a dever à realidade (à estrutura, apoio) nacional mas ao rigor, à entrega levada (diariamente) ao extremo do esforço de quem quer ser –a sério- atleta de craveira internacional.
Vanessa, do Sport Lisboa e Benfica, iniciou-se aos 15 anos no campo desportivo, mas seria no Trialto de Peniche, em 1999, que se profissionalizaria. Os seus treinadores são: Sérgio Santos, António Jourdan e Bruno Salvador. Vanessa foi oitava no Triatlo olímpico dos Jogos de Atenas. Em 2006, chegou à primeira posição do ranking mundial de Triatlo, renovando a vitória em 2007. A vice-campeã olímpica é recordista de Taças do Mundo e com mais títulos internacionais que os seus 22 anos. É obra!Uma medalha de prata com o brilho do ouro para a jovem de 22 anos que a encheu de alegria. Tanta foi, tanto a sentiu e tanto a interiorizou que fez questão, num momento tão especial, de a partilhar com o seu guia de sempre: o pai. Sem esquecer a mãe, claro
-A eles devo tudo o que tenho. Dedico-lhes esta vitória. Partilho a medalha com o meu pai. É uma homenagem ao trabalho que fez, ao que competiu e às dificuldades que passou. Tudo o que conseguiu e me deu.
Apesar de ser tão jovem tem sobre a sua carreira ideias muito definidas e sabe que sem trabalho duro, duríssimo, ambição, não se conquistam suadas vitórias.
-Nunca na vida vinha para aqui para viajar e ver os Jogos. Para isso não vinha. Há pessoas a quem lhes é igual ficar em 50º ou 20º ou o que quer que seja. Nunca pensaria assim. Até ficava desiludida se pensasse dessa maneira. Os resultados é que me dão ambição para fazer melhor para a próxima. E nunca estou satisfeita...
(Cirilo de Alexandria)
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