O DIA MUNDIAL DO TANGO
Não teria sido necessária tanta elegância, tanta sedução, tanto dramatismo, tanto arrebatamento. Bastaria a tua mão na minha cintura, enlaçando-me, conduzindo-me ao som de uma qualquer harmonia. Não te teria exigido uma linguagem de alma, numa intensa forma musical de estar na vida, como se vivesse ardentes e sofridos amores ao ritmo de corações explosivos. Não te pedi tanta energia, tanta paixão. Eras já especial sem necessidade de o exibires. Não te pedi -nunca- que dançasses comigo como se estivéssemos na Lua e a Terra girasse à nossa volta e, ambos, flutuássemos no Universo, transportados por uma intensa e provocante sensação a dois onde o ódio se misturasse com o amor, a elegância com a entrega, a sensualidade com o desejo, nos corpos flexíveis, colados, como se fossem apenas um.
Nunca exigi a maestria de Gardel nem a genialidade de Piazzola. Nunca pedi asas nos pés e porte majestático, nem braços onde voluptuosamente deslizasse, nem esperei murmúrios confidentes dizendo-me que havia céus azuis, lindos, nos meus olhos, enquanto rodopiássemos na elegância de passos largos ou unidos, olhares profundos, quando o meu corpo parecesse cair dos teus braços numa linguagem plástica intensa e expressiva. Bela, misteriosa e arrebatadora. Na verdade, nunca pedi tanta sedução, tanta embriaguez, tanto garbo, tanta virilidade. Pedir, não pedi! Mas, gostava de o ter feito.
http://www.youtube.com/watch?v=dBHhSVJ_S6A
Nunca exigi a maestria de Gardel nem a genialidade de Piazzola. Nunca pedi asas nos pés e porte majestático, nem braços onde voluptuosamente deslizasse, nem esperei murmúrios confidentes dizendo-me que havia céus azuis, lindos, nos meus olhos, enquanto rodopiássemos na elegância de passos largos ou unidos, olhares profundos, quando o meu corpo parecesse cair dos teus braços numa linguagem plástica intensa e expressiva. Bela, misteriosa e arrebatadora. Na verdade, nunca pedi tanta sedução, tanta embriaguez, tanto garbo, tanta virilidade. Pedir, não pedi! Mas, gostava de o ter feito.
http://www.youtube.com/watch?v=dBHhSVJ_S6A
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade
(Carlos Drummond de Andrade)
4 Comentários:
Querida M.Elvira,
Estive hoje a fazer tanta coisa...tive visitas para almoçar, que não sobrou tempo para a visitar, Bem estou aqui, mas não li os dois últimos textos.
Volto amanhã, sem falta.
Deixo-lhe um beijinho doce,
Ná
Amiga Ná
Olá, bom dia! Adoro ver que passou por aqui mas sem a tensão de ter que vir deixar um comentário, que agradeço imenso, claro. Passe por aqui quando tiver tempo e lhe apetecer mesmo fazê-lo.
Com essa vida tão completa e tão dada aos outros o tempo voa-lhe e, certamente, não lhe sobra muito para respirar fundo e saborear um tempo só para si. Não estar presente nem sempre é estar ausente.
Obrigada
Bijs
Minha querida "Bruma",
É tão carinhosa que nos faz vir visitá-la sempre que possível. Faz-nos bem ao ego sentir a sua maneira de estar perante a vida! Tem uma sensibilidade não usual nos tempos que correm. Mantenha-se sempre assim pois a Pureza vai rareando e é bom senti-la quando a visitamos.
Luís
Bom Amigo Luís
As suas palavras sabem a bagos de romã (lembrei-me desta associação por os achar deliciosos).Eu sei que, por vezes, escrevo umas coisas com algum interesse. Todavia, quando chega Dezembro, entro em hibernação e só começo a despertar quando rompem novamente os raios de Sol.
Eu também gostei deste texto e fico muito feliz por ter lido as suas palavras. È certamente uma pessoa de coração doce. Um abraço amigo
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