A MAGIA DE UMA BOLA QUE VOA POR ENTRE OS JOGADORES
Sempre que olho para um estádio (através da TV) onde no relvado se movimentam (freneticamente) 22 jogadores, correndo atrás de uma bola penso, aliás, reconfirmo que gostaria de entender, de sentir aquela chama encantatória que une milhões em todo o mundo em efusivas manifestações de agrado ou descontentamento. As bancadas fervilham, entoam-se cânticos de apoio ou fazem-se ouvir estridentes sons de desagrado e eu, decididamente, nunca conseguirei ultrapassar a linha divisória que me separa da abertura da dimensão que me deixaria na clarificação de saberes e de sentires. Serei, seguramente, a eterna e ignorante testemunha de um encantamento que não sei agarrar e que se desenrola nos campos relvados de todos os Continentes.
Que segredo de vitalidade será este que desde o ano 2500 a.C., num jogo (criado pelo imperador Huang Tsé) disputado na China, com uma bola de couro, continua numa vibração ascendente em pleno 2010?! Na época não era um desafio de futebol, era um treino militar onde oito jogadores -em cada lado-, tentavam passar a bola por duas estacas de madeiras cravadas no terreno, ligadas por um fio de cera. A trajectória do futebol até ingressar em Inglaterra, no século XVII, é, no mínimo, fascinante, mesmo para uma ignorante como é declaradamente o meu caso. O profissionalismo foi iniciado somente em 1885 e, no ano seguinte, foi criada a International Board, entidade cujo objectivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol. No ano de 1897, uma equipa inglesa (Corinthians) fez uma excursão fora da Europa, para difundir o futebol em diversas partes do mundo. Em 1888, foi fundada a Football League com a finalidade de organizar torneios e campeonatos internacionais. Desde aí até à África do Sul, vai ser (apenas) um saltinho no tempo.
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