Brumas de Sintra

Ponto de encontro entre a fantasia e a realidade. Alinhar de pensamentos e evocação de factos que povoam a imaginação ou a memória. Divagações nos momentos calmos e silenciosos que ajudam à concentração, no balanço dos dias que se partilham através da janela que, entretanto, se abriu para a lonjura das grandes distâncias. Sem fronteiras, nem limites

A minha foto
Nome:
Localização: Portugal

O meu nome é Maria Elvira Bento. Gosto de olhar para o meu computador e reconhecer nele um excelente ouvinte. Simultaneamente, fidelíssimo, capaz de guardar o meu espólio e transportá-lo, seja para onde for, sempre que solicitado. http://brumasdesintra.blogspot.com e brumasdesintra.wordpress.com

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ALEGRE-SE NA LUZ DE SER FELIZ


Enquanto procurava conciliar ideias, seleccionar fotos, para publicar o último post de 2009, recebi a que seria, até hoje, a mais bonita mensagem de Ano Novo que alguma vez me foi enviada. Pensei se deveria ou não inclui-la. Fiquei na duvida e voltei a pensar, e cheguei à conclusão que não conseguiria publicar nada melhor. Nada que me tocasse a mim própria tão profundamente e a cada pessoa que, por acaso ou preferência, viesse até ao meu blogue. Decidi publicar. Foi-me enviada por Mariz (http://soupoeluz.blogspot.com/) que, apesar de não nos conhecermos pessoalmente, temos, por vezes, contactos informáticos. Os seus textos são muito bons. Imperdíveis. Uma vez mais, Mariz, obrigada.


Deixo os meus votos para 2010:Que SEJA FELIZ! e desejo ainda...TEMPO! Mesmo que faça calor; mesmo que esteja doente; mesmo que não tenha dinheiro; mesmo que alguém tenha dito mal de si ou cometido alguma acção negativa pela qual se sintas agredida/ofendida; mesmo que não sinta o amor da/s pessoa/s que ama, ou de quem é amiga;mesmo que não lhe dêem o devido valor....SEJA FELIZ CONSIGO! A quantidade de vida que falta ainda, e a que passou, resume-se em experiências pelas quais deve/teve de passar para poder CRESCER!...Ou seja: para SER ALGUÉM quando então for já GRANDE!....- mais ainda!... - pois nunca somos o bastante!E...desejo-lhe TEMPO! para curar tudo o que falta sarar; para entender o que hoje ainda lhe escapa; para valorizar mais o que tem e QUEM É! Desejo-lhe TEMPO para aproveitar melhor "o tempo" que Deus lhe deu, e para se ALEGRAR NA LUZ E SER FELIZ! Sempre...Mariz
30 de Dezembro de 2009 04:35





Se alguém perguntar o que é a amizade, responde:
É o vínculo de duas almas virtuosas
(Pitágoras)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

NEVOEIRO É FUMO, MISTÉRIO, IMAGINAÇÃO, CONVITE...


O dia de hoje voltou a vestir o manto denso de nevoeiro e desfilou serpenteando pelos recantos de uma Sintra fria e húmida que recebeu no regaço um Inverno agreste que traz do Universo a missão acinzentada de congelar, ondular, em cada passo que se dê quando se entra no portal invisível e se atravessa o que não se vê. As nuvens desmaiaram, juntas, caíram na Terra e formaram camadas tão coesas, tão densas, que ultrapassá-las é, podia ser, um feito que pode oscilar entre o romantismo, a aventura, a procura, o deslumbramento, o receio. Não apetece abraçar o nevoeiro, mas apetece entrar nele de mãos caídas, levando connosco a dúvida que aumenta a adrenalina. Por que nevoeiro é fumo, local de deuses, mistério, imaginação, convite. É véu diáfano que roça no rosto, mas não agarra. Promete, subtilmente.


É, apenas, o tempo nostálgico, belo mas deprimente, dos ventos uivantes, da chuva, por vezes impiedosa e outras, companhia agradável nas noites de veludo (macias) que nos acompanha quando deitadas escutamos (embevecidas) a cadência das gotas no contacto com as folhas das árvores que nos embala no sono dos humanos tranquilos. Mas, nem chuva, nem vento, nem trovoada, nem frio, conseguem a maciez deslumbrante do imenso manto de nevoeiro que nos cerca, envolve, prende, sem asfixiar. Nele vêm coladas muitas dos milhões de estrelas que, sensualmente, nos podem fazer desfalecer em estado de paixão. É que destes encontros entre os poderes da Natureza, onde o vento negoceia com a luz e esta com o vento e, por seu lado, este com a chuva, o resultado é sempre poderoso.




Dei-te a solidão do dia inteiro.
Na praia deserta, brincando com a areia,
No silêncio que quebrava a maré cheia
A gritar o seu eterno insulto,
Longamente esperei que o teu vulto
Rompesse o nevoeiro
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

domingo, 27 de dezembro de 2009

ESCREVI O TEU NOME NO VENTO


Está uma noite sem encanto, de gritos abafados no latejar do vento que agride. Não afaga, não envolve, não abraça. Uma noite sem clima para mimar emoções nem sonhos embalados. Está uma noite endurecida, esperemos pela estrela da manhã...




http://www.youtube.com/watch?v=ohyXBXFlJkg



Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável
(Seneca)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

JESUS CRISTO, O PÃO DA VIDA


Na face da Terra nunca existiu homem igual: Jesus! A sua vida, morte e ressurreição foram marcadas pelo sobrenatural. Com a sua maneira simples de viver atraiu multidões no passado e continua a atrair no presente, pois o seu túmulo está vazio, a sua mensagem não caiu no esquecimento e está hoje tão forte e marcante como no início da sua vida. Nenhum homem teve a ousadia de dizer que era o Único Caminho Para Deus. Que era a Verdade e a própria Vida. Jesus não foi um religioso, mas a Própria Revelação de Deus aos Homens. Felizes os que temos olhos desvendados para ver a sua Grandeza e, infelizes, os que não conseguem vê-lo como Ele é. A sua palavra continua actual e necessária ao coração humano e conhecê-Lo faz a diferença. Milhões ao redor do mundo têm testemunhado o seu poder, através da transformação da própria vida. Jesus Cristo é, realmente, alguém especial. A sua mensagem é especial. A sua maneira de liderar foi especial. Foi chamado Pão da Vida, por alimentar as pessoas espiritualmente. Conselheiro, por ter grande sabedoria. Bom Pastor, pelo cuidado que tinha com seus seguidores. Maravilhoso, Amigo, Deus Forte, Estrela da Manhã... O incrível é que todo joelho se dobrará, e confessará que Jesus Cristo é O Senhor. (Padre Edílson Ramos).



O Natal começou no coração de Deus. Só está completo quando alcançar o coração do homem
(Autor desconhecido)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

OBRIGADA, MARCELO GEARA GUEDES


Natal é, também, uma época de sintonias entre o que de melhor sabe sentir o coração humano, as pessoas e a vida. É um ritmo que nos torna mais frágeis na nossa grandeza de ser gente, nuns dias impregnados da consciência de sermos melhores. Apetece-nos alcançar a perfeição, amar mais e, se nos deixarem, mudar o mundo. Sentimo-nos puros, polvilhados por aquele pó das estrelas natalícias, mesclado de neve, luz, e esperança. É, também, uma época de balanços e retrospectivas existenciais. O espírito de Natal envolve-nos e nunca como nesta quadra a amizade se ergue com tanto esplendor. A foto chama a atenção para uma bonita caixa festiva onde vou colocar algo que, publicamente, ofereço a Marcelo Henrique Geara Guedes (é um bonita história de amizade que se conta rapidamente), com admiração e gratidão.


Marcelo, é Personal Trainer no Holmes, na Beloura. Conheci-o em Agosto quando pesava 72 quilos e, desanimada, decidi procurar ajuda. Custava-me a andar, ficava rapidamente cansada. Estava desmotivada. O estômago parecia uma melancia,as coxas eram uma espécie de cepos, os braços gordos, sem graça. Quando decidi ter a primeira aula pensei que nunca na vida ia conseguir nada de nada mas ele, com saber e muita psicologia, aula após aula, levou-me a superar obstáculo por obstáculo. Ignorou os olhos marejados quando, no início, me sentia diminuída; estimulou-me (boa. Muito bem) quando fazia trapalhada e não acertava perna com braço nos movimentos, ensinou-me a levantar os olhos e o queixo e a estar segura de mim. Relembrou-me a importância do sorrir. Passaram quatro meses e, hoje, posso dizer: sou um sucesso!


Perdi 10 quilos, faço todas as máquinas e treino funcional, três vezes por semana, nado (semanalmente) seis horas. Comecei há semanas a ter uma hora de Pilates, com o professor Duarte (fabuloso). Olho para mim e sinto-me bem, aprendi aos 70 anos, idade em que pensava já saber muito da vida. Nunca se sabe muito, sabe-se qualquer coisa. Aprendi com o Marcelo que além da disciplina, do querer motivador, não há nem idade, nem peso, nem cintura ou barriga que nos diminua perante o desafio de querer estar bem física e psicologicamente. Devo-lhe muito. Por isso este agradecimento. Ele ainda não sabe mas, dentro daquela caixa está o meu presente: um abraço! Também reaprendi que um abraço amigo é a maior riqueza da vida. Feliz Natal e um excelente 2010, Marcelo. Obrigada por me ter ajudado a colar pedaços de mim que andavam um pouco espalhados pelos dias da indiferença.



Um amigo é um presente que você dá a si mesmo
(Robert Louis Stevenson)

A PRESSÃO NATALÍCIA PODE CONDUZIR À DEPRESSÃO

Estamos a viver uma quadra festiva onde a felicidade parece vencer todas as realidades e existir em todas as casas, mas não é assim. É, igualmente, uma quadra onde sentimentos de perda, vazio, dificuldades, se acentuam perigosamente. Por isso, as pessoas que têm tendência para a depressão necessitam de ser acompanhadas, compreendidas e ajudadas. Leia este artigo de Mariagrazia Marini (psicóloga).


O Natal é um período considerado de alegria e esperanças optimistas. Normalmente é assim, mas para muitas pessoas pode ser uma época muito triste se se fizer acompanhar por sentimentos de solidão, desamparo e desânimo. Essa condição é chamada Depressão de Natal. A depressão das festas é comum no mês de Dezembro, durante o frenesim do Natal e Fim de Ano, ao fazermos balanços e projectos. O que para muita gente é a época mais feliz do ano para outros é bem ao contrário. O Natal e os encontros de família podem-se transformar em momentos tristes e difíceis de suportar especialmente se a pessoa já está deprimida ou a passar por uma crise existencial. O Natal é a época que mais afecta os depressivos (embora a depressão possa atacar em qualquer época do ano), é na época do Natal que a maioria dos suicídios acontece. Devemos, portanto, estar atentos a isso e especialmente aos idosos que necessitam de maior atenção. Há muitas causas para esse tipo de distúrbio do humor que pode evoluir para uma depressão verdadeira, com os mesmos sintomas da depressão clínica.


Geralmente a depressão de Natal é de duração breve, desde alguns dias a semanas e, em muitos casos, termina quando as férias acabam e se retorna à rotina quotidiana. É necessário tentar perceber, quais possam ser os motivos de cada um, os mais relacionados à esfera dos afectos bem como os estritamente físicos. Entretanto, podemos sugerir algumas regras básicas de saúde durante as festas. Factores que contribuem para a Depressão de Natal:


Aumento do stress •Fadiga •Expectativas não realizadas •Vulnerabilidade biológica à estação e à fraca irradiação solar •Dificuldade em estar com a família •Lembranças de celebrações passadas •Pressão social para o consumo excessivo •Mudança da dieta •Mudança da rotina quotidiana •Falta de alguém que está longe. Os sintomas mais comuns da Depressão de Natal são:•Dor de cabeça •Incapacidade de dormir ou dormir muito•Mudanças de apetite •Agitação ou ansiedade •Sentimento de culpa excessivo ou inapropriado•Diminuição da capacidade de concentração •Diminuição do interesse em actividades que normalmente dão prazer.


Como se deve defender da Depressão de Natal:•Minimizar as expectativas e transformar o Natal numa festividade normal.•Ter um programa organizado para esse período. •Não formular propósitos de mudanças totais para após o Ano Novo. •Praticar uma actividade física ao ar livre, mesmo se estiver frio, principalmente nas horas de luz. •Exercitar o pensamento positivo •Estar com pessoas. O que não deve fazer:•Não mudar muito os ritmos e particularmente os do sono •Não beber álcool em excesso •Não exagerar com a comida •Não ter expectativas irrealizáveis •Não focar no que não temos •Não lamentar o passado, mas fazer pequenos propósitos para o futuro realísticos e concretos.Concluindo: deixar de lado projectos extraordinários propor-se objectivos realísticos, organizar o próprio tempo, fazer listas, prioridades, fazer um plano e segui-lo. Sair da ritualidade muito “Litúrgica” das festas e procurar inventar novas maneiras para celebrar o Natal. É importante permitir a si próprio estar triste ou saudoso. Esses são sentimentos normais, particularmente na época de Natal. Boas festas!


http://www.youtube.com/watch?v=sMF8KZ5Woyw




O que é o Natal? É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de que cada chávena se encha de bênçãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve à paz
(Agnes M. Pharo)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ESTÁ A CHEGAR A NOITE DA FAMÍLIA


Estamos a dias da Noite Santa, a noite da Família. A noite de muitas emoções, lembrando os que estão presentes, os que já partiram, alguns que se perderam na estrada da vida. Não são só os embrulhos vistosos que enfeitam a noite geralmente fria, com um respirar muito especial. É a mesa caprichada, os doces variados, os diálogos cortando distâncias, continentes, atravessando Oceanos, montanhas que arranham o céu, através de todas as técnicas: telefone, skype, telemóvel, e-mail, numa ânsia contida de abraçar e enganar a saudade. É uma noite especial, de Árvore de Natal, de luzes que piscam onde vai faltando (cada vez mais) o lugar único do Presépio onde, pelo menos, esteja Maria, José, o Menino. O verdadeiro espírito do Natal reside aí: na mensagem de Belém, no nascimento de Jesus. E, tal como o tempo anda confundido nas suas profundas alterações climáticas, os homens também andam a confundir Natal com Pai Natal, compras num consumismo exagerado. A noite de Natal é, também, com todas as suas múltiplas nuances, uma noite para sonhar.



http://www.youtube.com/watch?v=qHau43jPMGE





O Natal é um tempo de benevolência, perdão, generosidade e alegria. A única época que conheço, em que homens e mulheres parecem, de comum acordo, abrir livremente seus corações
(Charles Dickens)

A VIDA É UM POEMA DE HERÓIS


É natural que te apeteça chorar
Mas se o soluço te sufocar a garganta
Endireita as costas, levanta o queixo e sorri
Ri mesmo, abertamente,
Frente ao que te considera humilhado
Humilhante é humilhar-se os humildes.
É natural que te sintas só
E te percas na imensidão da tua solidão
Mas se ela fizer eco na tua vida e te sentires
desesperadamente só
Abraça o ar que te rodeia
Respira profundamente e lembra-te
Que a vida é um desafio a longo prazo.
É um poema de heróis
Não de vencidos
Tu homem, tu mulher
Nasceram para vencer.
É natural que morras lentamente
Quando te afogas na saudade
E sintas o passado esvair-se pelos dedos
Como nuvens sopradas pelos ventos
É natural que te vires para trás
Na ânsia de caminhar para o aquém do tempo
Ansiando por recuperar sonhos e alvoradas.
É natural que as lágrimas
Queiram deslizar dos teus olhos,
E os joelhos se queiram dobrar
Ao peso dos passos parados
De quem não sabe por onde andar
É possível que a indecisão te desespere
E te sintas confusa nos dias
Que odeies o mundo que te rodeia
E que as pessoas para ti
Pareçam sombras esbatidas e fugidias
E te sintas só, desprezada,vazia, nada.
Nenhuma pessoa é ninguém!
Nem tu és o Mundo!
O que é o Mundo?
Vendavais de força
A espezinhar os fracos
Falta a força, não da Verdade
Mas a força que torna forte os fracos.
Há que iniciar a luta na selva da tua vida
Se te apetece chorar, ri
Ri, com serenidade
Se te apetecer quedar estática a um canto
Sem forças para reagir, levanta-te
Mesmo que não saibas como
Estática é que não!
Os cemitérios é que estão povoados
De estátuas adormecidas
Nos luares das noites frias.
Não deixes os outros sentir
A extensão da tua pobreza
Não mostres a simplicidade dos teus trajes
Nem as tuas ânsias secretas. Não mostres a tua sede
Nem a tua fome, nem sequer o teu abandono
Tu, na selva, para sobreviver
Tens de mostrar força.
Não de armas.
Força dos fortes
Com dignidade e brilho no olhar
Se te apetecer chorar, ri! Se te apetecer fugir, fica!
Se te apetecer acabar, vive!
Se te apetecer comer, espalha as migalhas
Se os teus pés estiverem feridos
Das pedras dos caminhos, dança
Se estiveres desesperadamente só abre os braços ao Infinito.
Olha em redor
Há algo vivo à tua espera!
Nunca espalhes o teu sangue,
A tua dor, o teu suor, a tua vida, sem luta.
Na vida, sobrevivem os fortes. Se és fraca, terás de deixar de O ser.
(M.E.B)

domingo, 20 de dezembro de 2009

NOITES GELADAS (DE FRIO SEM DÓ) QUE FAZEM DOER A ALMA


Com o passar das horas o tempo vai-se tornando mais agreste, fazendo jus ao Inverno que chegará a 22 de Dezembro (ou será a 21? Solstício do Inverno, o dia mais pequeno do ano), estou fria em demasiada para ir procurar o que quer que seja. Lá fora, o vento assobia e as minhas flores não aquietam os queixumes que o rodopiar descontrolado das pétalas, das folhas, provoca. A chuva, tornada lágrimas de granizo, fustiga as vidraças das janelas geladas, nubladas, pela diferença das temperaturas. As luzes, tremem por entre o oscilar dos fios, do vento, numa dança de sofredores.


Vou ajeitar-me no calor dos lençóis polares tentando não me lembrar da crueldade da vida perante aqueles que sem nada, sem tecto, sem família, sem uma mão, um ombro amigo, um telefone que lhes diga: olá. Um computador que envie um e-mail confidenciando: estou aqui, enfrentam a mesma noite que eu, sem lençóis, sem calor, dormindo sob o céu das estrelas que embora luminosas não aquecem. Que mundo é este que deixa outros seres humanos viverem nestas condições? Eu sou, afinal, o que os outros são: vou deitar-me e eles continuam no mesmo sítio gelado, sem-abrigo, sem vibração de vida. Sós. Como posso beber o chocolate quente, tapar-me com a manta de penas, sem me sentir culpada?


http://www.youtube.com/watch?v=XEAHScvz9JU


Aprendemos a voar como pássaros, a nadar como peixes, mas não aprendemos aconviver como irmãos
(Martin Luher King)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MEDITAR ACORDA OS PODERES DO ESPÍRITO


Aprenda, nunca é tarde, o poder da meditação. O poder do amor da meditação que, segundo os mestres, abre o coração e faz penetrar nele o Universo inteiro. Através dela temos energia abundante e aberta a porta do sexto sentido, deixando-nos capazes de viajar do corpo para a mente. Um tema fascinante do qual pode ter um excelente apoio através do simples acto de clicar. Imperdível




http://www.youtube.com/watch?v=vEc5dEcTxe4



http://www.youtube.com/watch?v=fRegNgimYKM



http://www.youtube.com/watch?v=0_3N4-ERNro



http://www.youtube.com/watch?v=NaPZK5F8GsU



http://www.youtube.com/watch?v=pfIrn4thoRQ


http://www.youtube.com/watch?v=EmWNMvlv9a0







Descubra a profundidade da meditação, e encontrará a imediatitude do mundo. Os mestres de sabedoria ensinam que esse instante é a única realidade. Dele nascem os universos e os mundos. Os conflitos, o ódio, a violência, provêm de um desconhecimento de si, que gera dor e confusão. Não duvide do seu próprio esplendor interior. Cada ser vivo é uma estrela

(Dugpa Rinpoché)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PRECISA-SE DE UM AMIGO QUE TENHA CORAÇÃO...


Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa de saber falar e calar; sobretudo, saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugadas, de pássaros, de Sol, da Lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os outros levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, o seu principal objectivo deve ser o de amigo.


Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar na relva. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive (Vinícius de Moraes).

*



Passamos metade da vida à espera daqueles que amamos e outra metade a deixar os que amamos
(Victor Hugo)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A MELODIA DO RIO DA ESPERANÇA


Uma noite fria e uma canção que nos fala de alguém que nasceu numa pequena e modesta casa à beira rio e a sua incessante procura de uma vida melhor. A esperança de que a mudança um dia viria, nunca o abandonou. Foi cantando com algo de nostálgico, sofredor, envolvente, como um grito abafado, atirado ao vento para que as palavras ganhassem força e rompessem as barreiras das limitações que sempre deslizaram ao sabor do rio que o viu nascer...



http://www.youtube.com/watch?v=aHa096VQ8FE




O sucesso é uma jornada, não é um destino
(Arthur Ashe)

sábado, 12 de dezembro de 2009

LUARES DE PÉTALAS CAINDO EM MOVIMENTOS DE VALSAS


Ganhei a confiança do tempo e nele fui capaz de voos longos, profundos, sedosos, inebriantes. Neles, vi-te, encontrei-te, escorreguei por ti, em ti, num elevo sem palavras. Só tinha de acreditar na envolvência que me abraçava e nela voei como o mais livre dos pássaros em momentos, em dias, em noites de memórias completas. Lutei por essa emoção num palácio de jade, só precisava de acreditar, de fechar os olhos e reviver-te numa sucessão de imagens que a memória arquivou e voarão comigo para lá dos limites do agora.


Por vezes, fui pássaro sem voar e transportei nas asas os momentos que perdi que não agarrei, não vivi. O dom do esplendor não era meu. Era só teu! Vinha de ti. Do dom simples de ser imenso, dessa bondade que transborda dos teus olhos de mar. Dessa capacidade de te emocionares com o voar das borboletas multicoloridas quando se confundiam com o céu, com as cores, pareciam-te nuvens flutuantes e sorrias ao olhá-las. No passar do tempo, descobri-te nos luares de pétalas caindo de mansinho em movimentos de valsas. Foi tão bom esse espaço de mel em rios de fadas. Quando se é bom, é-se, e fica-se sempre bom. Eu fico a recordar-te e quando passar a olhar os teus espaços vazios, estou lá! Sem ansiedade. Vejo-te em cada recanto das salas amplas inundadas de luz onde a tua ausência marcará presença. Gostava tanto de te ver por ali.


http://www.youtube.com/watch?v=_5q6lfXnk0o



Os paraísos perdidos estão em nós mesmos
(Marcel Proust)

EU SOU O SOL QUE BRILHA NO TEU PEITO


Eu sou aquele que te faz sonhar. Aquele que te faz Amar. Eu sou a Luz da tua Alma, a Fé do teu coração, a alegria do teu ser, a Vida que te sustenta. Eu sou a Força que jamais te deixará, aquele a quem contaste as tuas alegrias e as tuas tristezas. Eu sou a Energia que te impulsiona, passo a passo, rumo à tua realização e vitória. Eu sou a Luz, a Força, o Amor e a Sabedoria, aquele que há tanto tempo procuras. Agora que me encontraste dentro de ti, contigo e através de ti brilharei, confirmando a todos que tiverem olhos para ver a Luz que um dia foi prometida e que em vão procuraram em templos de pedra, em palavras que ficaram no esquecimento. Eu sou a poderosa Energia que a todos e a tudo sustenta. Em nome do Amor decreto: Vida, Luz, Amor, Liberdade em ti e no teu mundo. Agora e sempre. Eu sou o Sol que brilha no teu peito. (Eu Sou / Grandes Mestres)


Acho impossível que um indivíduo contemplando o céu possa dizer que não existe um Criador
(Abraham Lincoln)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DISCURSO INTEGRAL DE OBAMA EM OSLO


Your Majesties, Your Royal Highnesses, distinguished members of the Norwegian Nobel Committee, citizens of America, and citizens of the world:

I receive this honor with deep gratitude and great humility. It is an award that speaks to our highest aspirations -- that for all the cruelty and hardship of our world, we are not mere prisoners of fate. Our actions matter, and can bend history in the direction of justice. And yet I would be remiss if I did not acknowledge the considerable controversy that your generous decision has generated. (Laughter.) In part, this is because I am at the beginning, and not the end, of my labors on the world stage. Compared to some of the giants of history who've received this prize -- Schweitzer and King; Marshall and Mandela -- my accomplishments are slight. And then there are the men and women around the world who have been jailed and beaten in the pursuit of justice; those who toil in humanitarian organizations to relieve suffering; the unrecognized millions whose quiet acts of courage and compassion inspire even the most hardened cynics. I cannot argue with those who find these men and women -- some known, some obscure to all but those they help -- to be far more deserving of this honor than I.


But perhaps the most profound issue surrounding my receipt of this prize is the fact that I am the Commander-in-Chief of the military of a nation in the midst of two wars. One of these wars is winding down. The other is a conflict that America did not seek; one in which we are joined by 42 other countries -- including Norway -- in an effort to defend ourselves and all nations from further attacks. Still, we are at war, and I'm responsible for the deployment of thousands of young Americans to battle in a distant land. Some will kill, and some will be killed. And so I come here with an acute sense of the costs of armed conflict -- filled with difficult questions about the relationship between war and peace, and our effort to replace one with the other. Now these questions are not new. War, in one form or another, appeared with the first man. At the dawn of history, its morality was not questioned; it was simply a fact, like drought or disease -- the manner in which tribes and then civilizations sought power and settled their differences. And over time, as codes of law sought to control violence within groups, so did philosophers and clerics and statesmen seek to regulate the destructive power of war. The concept of a "just war" emerged, suggesting that war is justified only when certain conditions were met: if it is waged as a last resort or in self-defense; if the force used is proportional; and if, whenever possible, civilians are spared from violence.


Of course, we know that for most of history, this concept of "just war" was rarely observed. The capacity of human beings to think up new ways to kill one another proved inexhaustible, as did our capacity to exempt from mercy those who look different or pray to a different God. Wars between armies gave way to wars between nations -- total wars in which the distinction between combatant and civilian became blurred. In the span of 30 years, such carnage would twice engulf this continent. And while it's hard to conceive of a cause more just than the defeat of the Third Reich and the Axis powers, World War II was a conflict in which the total number of civilians who died exceeded the number of soldiers who perished. In the wake of such destruction, and with the advent of the nuclear age, it became clear to victor and vanquished alike that the world needed institutions to prevent another world war. And so, a quarter century after the United States Senate rejected the League of Nations -- an idea for which Woodrow Wilson received this prize -- America led the world in constructing an architecture to keep the peace: a Marshall Plan and a United Nations, mechanisms to govern the waging of war, treaties to protect human rights, prevent genocide, restrict the most dangerous weapons. In many ways, these efforts succeeded. Yes, terrible wars have been fought, and atrocities committed. But there has been no Third World War. The Cold War ended with jubilant crowds dismantling a wall. Commerce has stitched much of the world together. Billions have been lifted from poverty. The ideals of liberty and self-determination, equality and the rule of law have haltingly advanced. We are the heirs of the fortitude and foresight of generations past, and it is a legacy for which my own country is rightfully proud. And yet, a decade into a new century, this old architecture is buckling under the weight of new threats.


The world may no longer shudder at the prospect of war between two nuclear superpowers, but proliferation may increase the risk of catastrophe. Terrorism has long been a tactic, but modern technology allows a few small men with outsized rage to murder innocents on a horrific scale. Moreover, wars between nations have increasingly given way to wars within nations. The resurgence of ethnic or sectarian conflicts; the growth of secessionist movements, insurgencies, and failed states -- all these things have increasingly trapped civilians in unending chaos. In today's wars, many more civilians are killed than soldiers; the seeds of future conflict are sown, economies are wrecked, civil societies torn asunder, refugees amassed, children scarred. I do not bring with me today a definitive solution to the problems of war. What I do know is that meeting these challenges will require the same vision, hard work, and persistence of those men and women who acted so boldly decades ago. And it will require us to think in new ways about the notions of just war and the imperatives of a just peace. We must begin by acknowledging the hard truth: We will not eradicate violent conflict in our lifetimes. There will be times when nations -- acting individually or in concert -- will find the use of force not only necessary but morally justified. I make this statement mindful of what Martin Luther King Jr. said in this same ceremony years ago: "Violence never brings permanent peace. It solves no social problem: it merely creates new and more complicated ones." As someone who stands here as a direct consequence of Dr. King's life work, I am living testimony to the moral force of non-violence. I know there's nothing weak -- nothing passive -- nothing naïve -- in the creed and lives of Gandhi and King. But as a head of state sworn to protect and defend my nation, I cannot be guided by their examples alone.


I face the world as it is, and cannot stand idle in the face of threats to the American people. For make no mistake: Evil does exist in the world. A non-violent movement could not have halted Hitler's armies. Negotiations cannot convince al Qaeda's leaders to lay down their arms. To say that force may sometimes be necessary is not a call to cynicism -- it is a recognition of history; the imperfections of man and the limits of reason. I raise this point, I begin with this point because in many countries there is a deep ambivalence about military action today, no matter what the cause. And at times, this is joined by a reflexive suspicion of America, the world's sole military superpower. But the world must remember that it was not simply international institutions -- not just treaties and declarations -- that brought stability to a post-World War II world. Whatever mistakes we have made, the plain fact is this: The United States of America has helped underwrite global security for more than six decades with the blood of our citizens and the strength of our arms. The service and sacrifice of our men and women in uniform has promoted peace and prosperity from Germany to Korea, and enabled democracy to take hold in places like the Balkans. We have borne this burden not because we seek to impose our will. We have done so out of enlightened self-interest -- because we seek a better future for our children and grandchildren, and we believe that their lives will be better if others' children and grandchildren can live in freedom and prosperity. So yes, the instruments of war do have a role to play in preserving the peace. And yet this truth must coexist with another -- that no matter how justified, war promises human tragedy.


The soldier's courage and sacrifice is full of glory, expressing devotion to country, to cause, to comrades in arms. But war itself is never glorious, and we must never trumpet it as such. So part of our challenge is reconciling these two seemingly inreconcilable truths -- that war is sometimes necessary, and war at some level is an expression of human folly. Concretely, we must direct our effort to the task that President Kennedy called for long ago. "Let us focus," he said, "on a more practical, more attainable peace, based not on a sudden revolution in human nature but on a gradual evolution in human institutions." A gradual evolution of human institutions. What might this evolution look like? What might these practical steps be? To begin with, I believe that all nations -- strong and weak alike -- must adhere to standards that govern the use of force. I -- like any head of state -- reserve the right to act unilaterally if necessary to defend my nation. Nevertheless, I am convinced that adhering to standards, international standards, strengthens those who do, and isolates and weakens those who don't.
The world rallied around America after the 9/11 attacks, and continues to support our efforts in Afghanistan, because of the horror of those senseless attacks and the recognized principle of self-defense. Likewise, the world recognized the need to confront Saddam Hussein when he invaded Kuwait -- a consensus that sent a clear message to all about the cost of aggression. Furthermore, America -- in fact, no nation -- can insist that others follow the rules of the road if we refuse to follow them ourselves. For when we don't, our actions appear arbitrary and undercut the legitimacy of future interventions, no matter how justified. And this becomes particularly important when the purpose of military action extends beyond self-defense or the defense of one nation against an aggressor.



More and more, we all confront difficult questions about how to prevent the slaughter of civilians by their own government, or to stop a civil war whose violence and suffering can engulf an entire region. I believe that force can be justified on humanitarian grounds, as it was in the Balkans, or in other places that have been scarred by war. Inaction tears at our conscience and can lead to more costly intervention later. That's why all responsible nations must embrace the role that militaries with a clear mandate can play to keep the peace. America's commitment to global security will never waver. But in a world in which threats are more diffuse, and missions more complex, America cannot act alone. America alone cannot secure the peace. This is true in Afghanistan. This is true in failed states like Somalia, where terrorism and piracy is joined by famine and human suffering. And sadly, it will continue to be true in unstable regions for years to come. The leaders and soldiers of NATO countries, and other friends and allies, demonstrate this truth through the capacity and courage they've shown in Afghanistan. But in many countries, there is a disconnect between the efforts of those who serve and the ambivalence of the broader public. I understand why war is not popular, but I also know this: The belief that peace is desirable is rarely enough to achieve it. Peace requires responsibility. Peace entails sacrifice. That's why NATO continues to be indispensable. That's why we must strengthen U.N. and regional peacekeeping, and not leave the task to a few countries. That's why we honor those who return home from peacekeeping and training abroad to Oslo and Rome; to Ottawa and Sydney; to Dhaka and Kigali -- we honor them not as makers of war, but of wagers -- but as wagers of peace. Let me make one final point about the use of force.


Even as we make difficult decisions about going to war, we must also think clearly about how we fight it. The Nobel Committee recognized this truth in awarding its first prize for peace to Henry Dunant -- the founder of the Red Cross, and a driving force behind the Geneva Conventions. Where force is necessary, we have a moral and strategic interest in binding ourselves to certain rules of conduct. And even as we confront a vicious adversary that abides by no rules, I believe the United States of America must remain a standard bearer in the conduct of war. That is what makes us different from those whom we fight. That is a source of our strength. That is why I prohibited torture. That is why I ordered the prison at Guantanamo Bay closed. And that is why I have reaffirmed America's commitment to abide by the Geneva Conventions. We lose ourselves when we compromise the very ideals that we fight to defend. (Applause.) And we honor -- we honor those ideals by upholding them not when it's easy, but when it is hard. I have spoken at some length to the question that must weigh on our minds and our hearts as we choose to wage war. But let me now turn to our effort to avoid such tragic choices, and speak of three ways that we can build a just and lasting peace. First, in dealing with those nations that break rules and laws, I believe that we must develop alternatives to violence that are tough enough to actually change behavior -- for if we want a lasting peace, then the words of the international community must mean something.


Those regimes that break the rules must be held accountable. Sanctions must exact a real price. Intransigence must be met with increased pressure -- and such pressure exists only when the world stands together as one. One urgent example is the effort to prevent the spread of nuclear weapons, and to seek a world without them. In the middle of the last century, nations agreed to be bound by a treaty whose bargain is clear: All will have access to peaceful nuclear power; those without nuclear weapons will forsake them; and those with nuclear weapons will work towards disarmament. I am committed to upholding this treaty. It is a centerpiece of my foreign policy. And I'm working with President Medvedev to reduce America and Russia's nuclear stockpiles. But it is also incumbent upon all of us to insist that nations like Iran and North Korea do not game the system. Those who claim to respect international law cannot avert their eyes when those laws are flouted. Those who care for their own security cannot ignore the danger of an arms race in the Middle East or East Asia. Those who seek peace cannot stand idly by as nations arm themselves for nuclear war.


The same principle applies to those who violate international laws by brutalizing their own people. When there is genocide in Darfur, systematic rape in Congo, repression in Burma -- there must be consequences. Yes, there will be engagement; yes, there will be diplomacy -- but there must be consequences when those things fail. And the closer we stand together, the less likely we will be faced with the choice between armed intervention and complicity in oppression. This brings me to a second point -- the nature of the peace that we seek. For peace is not merely the absence of visible conflict. Only a just peace based on the inherent rights and dignity of every individual can truly be lasting. It was this insight that drove drafters of the Universal Declaration of Human Rights after the Second World War. In the wake of devastation, they recognized that if human rights are not protected, peace is a hollow promise. And yet too often, these words are ignored. For some countries, the failure to uphold human rights is excused by the false suggestion that these are somehow Western principles, foreign to local cultures or stages of a nation's development.


And within America, there has long been a tension between those who describe themselves as realists or idealists -- a tension that suggests a stark choice between the narrow pursuit of interests or an endless campaign to impose our values around the world. I reject these choices. I believe that peace is unstable where citizens are denied the right to speak freely or worship as they please; choose their own leaders or assemble without fear. Pent-up grievances fester, and the suppression of tribal and religious identity can lead to violence. We also know that the opposite is true. Only when Europe became free did it finally find peace. America has never fought a war against a democracy, and our closest friends are governments that protect the rights of their citizens. No matter how callously defined, neither America's interests -- nor the world's -- are served by the denial of human aspirations. So even as we respect the unique culture and traditions of different countries, America will always be a voice for those aspirations that are universal. We will bear witness to the quiet dignity of reformers like Aung Sang Suu Kyi; to the bravery of Zimbabweans who cast their ballots in the face of beatings; to the hundreds of thousands who have marched silently through the streets of Iran.


It is telling that the leaders of these governments fear the aspirations of their own people more than the power of any other nation. And it is the responsibility of all free people and free nations to make clear that these movements -- these movements of hope and history -- they have us on their side. Let me also say this: The promotion of human rights cannot be about exhortation alone. At times, it must be coupled with painstaking diplomacy. I know that engagement with repressive regimes lacks the satisfying purity of indignation. But I also know that sanctions without outreach -- condemnation without discussion -- can carry forward only a crippling status quo. No repressive regime can move down a new path unless it has the choice of an open door. In light of the Cultural Revolution's horrors, Nixon's meeting with Mao appeared inexcusable -- and yet it surely helped set China on a path where millions of its citizens have been lifted from poverty and connected to open societies. Pope John Paul's engagement with Poland created space not just for the Catholic Church, but for labor leaders like Lech Walesa. Ronald Reagan's efforts on arms control and embrace of perestroika not only improved relations with the Soviet Union, but empowered dissidents throughout Eastern Europe.


There's no simple formula here. But we must try as best we can to balance isolation and engagement, pressure and incentives, so that human rights and dignity are advanced over time. Third, a just peace includes not only civil and political rights -- it must encompass economic security and opportunity. For true peace is not just freedom from fear, but freedom from want. It is undoubtedly true that development rarely takes root without security; it is also true that security does not exist where human beings do not have access to enough food, or clean water, or the medicine and shelter they need to survive. It does not exist where children can't aspire to a decent education or a job that supports a family. The absence of hope can rot a society from within. And that's why helping farmers feed their own people -- or nations educate their children and care for the sick -- is not mere charity. It's also why the world must come together to confront climate change. There is little scientific dispute that if we do nothing, we will face more drought, more famine, more mass displacement -- all of which will fuel more conflict for decades. For this reason, it is not merely scientists and environmental activists who call for swift and forceful action -- it's military leaders in my own country and others who understand our common security hangs in the balance. Agreements among nations. Strong institutions. Support for human rights. Investments in development. All these are vital ingredients in bringing about the evolution that President Kennedy spoke about.


And yet, I do not believe that we will have the will, the determination, the staying power, to complete this work without something more -- and that's the continued expansion of our moral imagination; an insistence that there's something irreducible that we all share. As the world grows smaller, you might think it would be easier for human beings to recognize how similar we are; to understand that we're all basically seeking the same things; that we all hope for the chance to live out our lives with some measure of happiness and fulfillment for ourselves and our families. And yet somehow, given the dizzying pace of globalization, the cultural leveling of modernity, it perhaps comes as no surprise that people fear the loss of what they cherish in their particular identities -- their race, their tribe, and perhaps most powerfully their religion. In some places, this fear has led to conflict. At times, it even feels like we're moving backwards. We see it in the Middle East, as the conflict between Arabs and Jews seems to harden. We see it in nations that are torn asunder by tribal lines. And most dangerously, we see it in the way that religion is used to justify the murder of innocents by those who have distorted and defiled the great religion of Islam, and who attacked my country from Afghanistan. These extremists are not the first to kill in the name of God; the cruelties of the Crusades are amply recorded. But they remind us that no Holy War can ever be a just war. For if you truly believe that you are carrying out divine will, then there is no need for restraint -- no need to spare the pregnant mother, or the medic, or the Red Cross worker, or even a person of one's own faith. Such a warped view of religion is not just incompatible with the concept of peace, but I believe it's incompatible with the very purpose of faith -- for the one rule that lies at the heart of every major religion is that we do unto others as we would have them do unto us.


Adhering to this law of love has always been the core struggle of human nature. For we are fallible. We make mistakes, and fall victim to the temptations of pride, and power, and sometimes evil. Even those of us with the best of intentions will at times fail to right the wrongs before us. But we do not have to think that human nature is perfect for us to still believe that the human condition can be perfected. We do not have to live in an idealized world to still reach for those ideals that will make it a better place. The non-violence practiced by men like Gandhi and King may not have been practical or possible in every circumstance, but the love that they preached -- their fundamental faith in human progress -- that must always be the North Star that guides us on our journey. For if we lose that faith -- if we dismiss it as silly or naïve; if we divorce it from the decisions that we make on issues of war and peace -- then we lose what's best about humanity. We lose our sense of possibility. We lose our moral compass. Like generations have before us, we must reject that future. As Dr. King said at this occasion so many years ago, "I refuse to accept despair as the final response to the ambiguities of history. I refuse to accept the idea that the 'isness' of man's present condition makes him morally incapable of reaching up for the eternal 'oughtness' that forever confronts him." Let us reach for the world that ought to be -- that spark of the divine that still stirs within each of our souls.


Somewhere today, in the here and now, in the world as it is, a soldier sees he's outgunned, but stands firm to keep the peace. Somewhere today, in this world, a young protestor awaits the brutality of her government, but has the courage to march on. Somewhere today, a mother facing punishing poverty still takes the time to teach her child, scrapes together what few coins she has to send that child to school -- because she believes that a cruel world still has a place for that child's dreams. Let us live by their example. We can acknowledge that oppression will always be with us, and still strive for justice. We can admit the intractability of depravation, and still strive for dignity. Clear-eyed, we can understand that there will be war, and still strive for peace. We can do that -- for that is the story of human progress; that's the hope of all the world; and at this moment of challenge, that must be our work here on Earth.
Thank you very much.




Muitas pessoas devem a grandeza de suas vidas aos problemas e obstáculos que tiveram de vencer
(Baden Powell)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

NÃO ME APETECE ESCREVER. ESTOU A HIBERNAR!



O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade
(William Shakespeare)

domingo, 6 de dezembro de 2009

O DIA MUNDIAL DO TANGO


Não teria sido necessária tanta elegância, tanta sedução, tanto dramatismo, tanto arrebatamento. Bastaria a tua mão na minha cintura, enlaçando-me, conduzindo-me ao som de uma qualquer harmonia. Não te teria exigido uma linguagem de alma, numa intensa forma musical de estar na vida, como se vivesse ardentes e sofridos amores ao ritmo de corações explosivos. Não te pedi tanta energia, tanta paixão. Eras já especial sem necessidade de o exibires. Não te pedi -nunca- que dançasses comigo como se estivéssemos na Lua e a Terra girasse à nossa volta e, ambos, flutuássemos no Universo, transportados por uma intensa e provocante sensação a dois onde o ódio se misturasse com o amor, a elegância com a entrega, a sensualidade com o desejo, nos corpos flexíveis, colados, como se fossem apenas um.


Nunca exigi a maestria de Gardel nem a genialidade de Piazzola. Nunca pedi asas nos pés e porte majestático, nem braços onde voluptuosamente deslizasse, nem esperei murmúrios confidentes dizendo-me que havia céus azuis, lindos, nos meus olhos, enquanto rodopiássemos na elegância de passos largos ou unidos, olhares profundos, quando o meu corpo parecesse cair dos teus braços numa linguagem plástica intensa e expressiva. Bela, misteriosa e arrebatadora. Na verdade, nunca pedi tanta sedução, tanta embriaguez, tanto garbo, tanta virilidade. Pedir, não pedi! Mas, gostava de o ter feito.


http://www.youtube.com/watch?v=dBHhSVJ_S6A



A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade
(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 5 de dezembro de 2009

MESMO QUE NOS AFASTEMOS A AMIZADE NOS REAPROXIMARÁ


Pode ser que um dia deixemos de nos falar mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo. Pode ser que um dia o tempo passe, mas se a amizade permanecer, lembrar-nos-emos sempre um do outro. Pode ser que um dia nos afastemos mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará. Um dia, deixaremos de existir mas, se ainda houver amizade, nasceremos de novo, um para o outro. Pode ser que um dia tudo acabe mas, com a amizade construiremos tudo novamente. Cada vez de forma diferente, sendo único e inesquecível cada momento que vivamos juntos e dele nos lembraremos para sempre. Há duas formas para viver a vida: uma, é acreditar que não existe milagre; a outra, é acreditar que todas as coisas são um milagre (A.E).




Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele conquistará o mundo
(Albert Einstein)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O DIA DE HOJE PASSOU-TE O FILME ERRADO


Não, hoje o dia enganou-te. Passou-te o filme errado. Escutaste as palavras deturpadas. Ficaste só quando mundos te envolviam. Não viste o mistério nem a dor. Parti, quando queria ficar. Não houve nem mar nem poemas, apenas a emoção transformadora que não facilitou nem encontro nem diálogo quando queria falar. Voltaste a deslumbrar e imaginei acarinhar esse teu dom de envolver mas venceram os abraços desfeitos. Venceram os gestos invisíveis. Venceu a terapia do bom senso. Venceu o silêncio quando as lágrimas da chuva caíram pelo meu rosto numa tarde de insucessos. O teu filme desenrolou-se devagar e ao contrário. Enganou-te! Escondeu que te olhei e sorri.


http://www.youtube.com/watch?v=eW_MAQj0aIA





Muitas vezes, a alma parece-me apenas uma simples respiração
(Marguerite Yourcenar)

WARREN BUFFET - O BILIONÁRIO DE VIDA SIMPLES



Ele é um dos homens mais ricos do mundo, apesar de ter perdido muito com a recente crise nascida na América. Chama-se Warren Buffet e deu, recentemente, 31 biliões de dólares para instituições de caridade. Conheça alguns aspectos interessantes da sua vida de bilionário.




1. Comprou a sua primeira acção aos 11 anos, e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente. As coisas eram baratas naquele tempo. Incentive os seus filhos a investirem. 2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muita coisa com pequenas economias. Incentive os seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio. 3. Ainda vive na mesma casa modesta, de três quartos, no distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, há 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa que não possui nem muros nem cercas. Não compre mais do que você realmente precisa e incentive os seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo. 4. Dirige o seu próprio carro para todo o lugar e não tem motorista particular, nem equipa de segurança à sua volta. Você é o que é. 5. Nunca viaja em jacto particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo. Pense sempre na maneira de realizar as coisas de maneira económica.



6. A sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Ele escreve apenas uma carta anual aos principais executivos destas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente. Nomeie as pessoas certas para as missões certas. 7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras: Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro do seu accionista. Regra nº 2: não se esqueça da regra nº1. Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas se concentram nelas. 8. Não costuma frequentar a alta sociedade. O seu passatempo depois de chegar a casa é fazer pipocas e assistir a algum programa de televisão. Não tente mostrar-se, seja simplesmente você e faça aquilo que gosta de fazer. 9. Não usa telefone celular nem tem computador sobre a mesa. 10. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, encontrou-se com Warren, pela primeira vez, há cinco anos atrás. Bill achava que não tinha nada em comum com ele. Por isso, programou um encontro apenas de meia hora. Todavia, quando se encontraram e falaram fizeram-no durante dez horas e, hoje, Gates considera-o o seu guru.

Conselhos aos jovens:

Fique longe dos cartões de crédito e empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo e lembre-se: A - O dinheiro não cria o homem, mas foi o homem quem criou o dinheiro. B - Viva a sua vida da maneira mais simples possível. C - Não faça o que os outros dizem -ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer. D - Não se entregue ao gosto de usar só marcas famosas; use apenas aquelas coisas com as quais se sente confortável. E - Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; gaste nas coisas que realmente precisa. F - Afinal de contas, a vida é sua! Então, para quê permitir que os outros estabeleçam leis para a sua vida



As pessoas mais felizes não têm necessariamente as melhores coisas. Elas simplesmente apreciam aquilo que têm!
(Warren Buffet)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FEDERER E A INCONTROLÁVEL VONTADE DE RIR


Não se pode dizer que seja muito comum mas, acontece! Pode acontecer um jornalista entrevistar uma figura de renome internacional e a determinada altura um inesperado ataque de riso por parte do entrevistado, não permitir que a entrevista seja concluída já que cada tentativa de início de diálogo é ineficaz. As gargalhadas têm mais força. O jornalista português da CNN, Pedro Pinto, entrevistou Roger Federer e tudo corria bem até ao momento em que o entrevistador pediu a Roger se podia colocar algumas questões em espanhol para serem incluídas na versão latina da CNN. O tenista suíço concordou. Mas, daí à conclusão foi uma gargalhada pegada. Porque seria? O tom saleroso das palavras? Não se sabe, mas ficou o registo. Rir, faz bem. Que se espalhe a alegria do riso.




http://www.youtube.com/watch?v=JsbpuvM0HaE



Um momento de felicidade vale mais do que mil anos de celebridade
(Voltaire)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ANA MARIA BELO MARQUES - O SORRISO MAIS DOCE DA RÁDIO ECCLÉSIA


Conheci a Ana Maria (na foto ao lado de José Gaia, já falecido, numa festa na Restinga, nos anos 70, creio. Eu, olho-a com a ternura que sempre lhe dediquei e dedico) quando comecei a trabalhar como locutora e produtora na Rádio Ecclésia, em Luanda e, recordo perfeitamente que o seu sorriso doce foi a particularidade que logo me fascinou. Depois, o timbre de voz: melodioso, sereno, uma dicção perfeita. A Ana era a locutora oficial da estação e para lá de admirar o seu vincado profissionalismo com que desempenhava as suas funções admirava a permanente capacidade de se dar aos outros, sempre pronta a ajudar nas nos momentos mais atrapalhados ou os mais novos que ainda não dominavam com segurança as dificuldades (e os fascínios) de trabalhar num estação de rádio. Além disso, havia outra particularidade na Ana que me encantava: a maneira profissional mas carinhosa como trabalhava com o Director de Produção da Rádio Ecclésia , o nosso Belo Marques. Quem passou por lá sente que o Belo é eternamente nosso. Eram casados, formavam um casal perfeito, daqueles que só se conhece no cinema, nos romances. Jovens, enamorados e felizes. É assim que os recordo. E, afinal, é assim que eles continuam a ser.


A saída de Luanda afastou colegas e amigos. Cada um foi para qualquer parte do mundo e os anos acabaram por esbater um pouco as memórias passadas, embora elas permanecessem guardadas num arquivo seguro. Não há muito tempo, depois de décadas de ausência, através da Net, encontrei-me com a Ana Maria (ou vice-versa, já não sei bem) e aí, a emoção explodiu de alegria. Com direito a lágrimas e tudo. A partir daí os encontros informáticos tornaram-se constantes e aquela distância, aquele afastamento, aquela saudade foram mitigadas. Foi muito bom. O Belo Marques não está totalmente bem de saúde e a Ana é a enfermeira atenta de noite e de dia, ao lado do marido a quem continua a admirar. Há dias, encontrei no Youtube algo que me sensibilizou muito e, correndo o risco de não lhe agradar por tornar público este seu trabalho, arrisco. Tantos são os anos que vivem juntos, tantas são as dificuldades que em conjunto, vencem diariamente, e aquele amor e admiração que se evidenciava na Rádio Ecclésia, nos anos 70, continua vivo. Que maravilha. Que lição de vida, Ana.


http://www.youtube.com/watch?v=fWyxBTGkXzc




O futuro começa sempre agora
(Mark Strand)